A prefeitura de Goiânia e o Governo de Goiás anunciaram medidas para superar a crise na economia e foram alvo de críticas. Não agradaram a todos. Dá pra agradar todo mundo neste momento? Eis a questão.
Se corta daqui, falta dali. Se tira de lá, fica curto de cá. O Estado deveria baixar impostos. E pagar com o quê, o custo da saúde? A prefeitura deveria adiar IPTU? E manter como, o aumento de gastos também com saúde, limpeza, etc.
Há razões de todos os lados. A suspensão dos contratos na Educação, feita pelo Município, implica em deixar cerca de 3 mil pessoas sem salário. Menos mal que não se trata de cancelamento de contrato. Voltando as aulas, voltam os contratos. Mas, ainda assim, tem impacto na vida de muita gente.
Manter esses contratos, no entanto, e pagar merenda e ainda assegurar salário em dia para todos os servidores, mais assistência médica contra o coronavírus e outros males do dia-a-dia, é missão quase impossível. Não há mágica. Há, como disse na semana passada, escolhas.
O Estado vive o mesmo drama. Precisa assegurar sobrevivência média a todos, enquanto é cobrado para garantir sobrevivência econômica igualmente a todos, sendo que a recomendação é uma só: fique em casa. Fique em casa, não faça a máquina da economia gira, salve sua vida, mas… O Estado viverá de quê?
Cada dia que passa é uma vitória para todos nós que seguimos em frente. Derrota para quem não sobrevive. Continuaremos nesse impasse e o que virá depois é o que será verdadeiramente de nós. Prefiro ver assim do que martelar que o futuro é o que restará de nós.
Não seremos os mesmos. A política não será a mesma. Os maiores críticos do prefeito Iris Rezende e do governador Ronaldo Caiado, nesta hora, são os seus adversários. Natural. Do jogo político, isso.
No entanto, eis a outra questão que fica: o cidadão (o eleitor) entenderá tudo como algo ‘simples assim’, digo, como se Estado e prefeitura são os bandidos e eles, os críticos, os heróis?
Este ano teremos eleição. Vamos começar a ter as primeiras respostas.