28 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 27/11/2020 às 19:38

Iris Rezende anunciou ausência, mas foi o mais presente na campanha eleitoral

Iris Rezende em entrevista a Altair Tavares (foto Arquivo do Diário de Goiás, 2019)
Iris Rezende em entrevista a Altair Tavares (foto Arquivo do Diário de Goiás, 2019)

O prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB), foi um dos maiores personagens da campanha eleitoral para a prefeitura da capital, apesar de ter anunciado a aposentadoria política e desistido da disputa da reeleição. Ou seja, de nada adiantou que ele falasse de distância se os candidatos Maguito Vilela (MDB) e Vanderlan Cardoso (PSD) colocaram o atual prefeito dentro do processo eleitoral. Na prática, ele esteve presente, apesar da ausência.

No primeiro ato, Iris Rezende anunciou a aposentadoria e abriu o processo eleitoral na capital. Foi o fato mais importante da eleição na capital. Sem ele fosse o candidato, a história seria outra. Maguito não seria candidato e, provavelmente, Vanderlan também não fosse.

No segundo ato, Maguito abriu a campanha eleitoral no rádio e na TV com a presença permanente de Iris Rezende na propaganda com ênfase na proximidade entre eles. A maior parte dos secretários do atual prefeito abraçaram a campanha dele.

No terceiro ato, Vanderlan, perdendo espaço, enfatizou que daria continuidade às obras de Iris Rezende. E coube ao governador Ronaldo Caiado, num dos comícios, tecer rasgados elogios ao atual prefeito ao dizer que se trata de um “craque na politica”. No segundo turno, o candidato do PSD colocou críticas mais ácidas sobre a situação da cidade e, indiretas, a Iris Rezende. Por fim, ganhou na Justiça o direito de criticar o fato de que Maguito não seria o candidato de Iris.

A campanha de Vilela celebrou quando Iris Rezende, falando sobre a situação da saúde do candidato, referiu-se a ele como “nosso candidato”. Ato falho, ou não, foi um reconhecimento.

A eleição para prefeito de Goiânia tem diversos aspectos que a tornam uma disputa atípica, e histórica, por causa da pandemia e, claro, a internação de Maguito Vilela.

Mesmo que não quisesse, Iris Rezende seria levado para a campanha. E, foi. Ele, que anunciou a ausência é o centro do processo eleitoral.

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .