A assembleia dos motoristas e funcionários da Metrobus decidiu, no domingo, 5, decretar greve com paralisação do Eixo Anhanguera a partir do dia 13 de maio, segunda. Os funcionários da empresa protestam contra a redução ticket alimentação pela metade e contra o corte do anuênio equivalente a 3% do salário. E, reclamam do adiamento da negociação do Acordo Coletivo 2019.
Quase 500 servidores da empresa participaram do encontro que decidiu pela paralisação e que teve a coordenação do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo e da Associação dos servidores da Metrobus.
Desde janeiro que os funcionários da empresa buscam a negociação da Convenção Coletiva que venceu em fevereiro. Os servidores reclamam que os benefícios foram cortados sem negociação.
“O ticket vinculou à nossa renda familiar”, disse uma fonte da Metrobus. “Tem salário que cortou quase R$1.000,00 com as reduções”, disse.
Segundo informações de servidores em contato com o Diário de Goiás, há funcionários que acumulavam 4 ou 5 anuênios. “A empresa tem receita de R$70 milhões por ano”, protestou o motorista.
O fim da Metrobus
A direção da Metrobus é ocupada por Paulo Reis desde o início do governo de Ronaldo Caiado e, em entrevista ao Diário de Goiás, falava da prioridade para a redução de despesas da empresa.
O governador Caiado revelou, recentemente, que a administração já iniciou, com o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, para iniciar o processo de devolução da concessão da Metrobus e, consequentemente, realizar uma terceirização para empresas privadas.”Eu não imagino governo que tenha de tratar de assunto de ônibus, de diferencial, de pneu, de motor de ônibus”, argumentou ele.
Em posicionamento a Metrobus disse que:
A Metrobus informa que tem procurado manter diálogo com todos seus colaboradores. A realidade econômica de hoje é diferente das vividas em outras épocas e é necessário compreensão de todos. A direção da empresa, além de consulta à PGE – Procuradoria-Geral do Estado, solicitou apoio para mediação ao SET – Sindicato das Empresas de Transporte e também ao MPT – Ministério Público do Trabalho.
A contraproposta apresentada, igualando alguns benefícios aos dos demais funcionários do Sistema é indispensável para o restabelecimento da saúde financeira da empresa, que vem sendo buscada com várias outras práticas de gestão, tais como, redução de comissionados, racionalização dos gastos e revisão de contratos.
Altair Tavares
Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .