30 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 17/01/2019 às 14:52

Governo de Goiás pode pagar salários de janeiro a partir do dia 21

Cristiane Schmidt: Força tarefa para rodar a folha (foto Altair Tavares)
Cristiane Schmidt: Força tarefa para rodar a folha (foto Altair Tavares)

A secretária da Fazenda do governo de Goiás, Cristiane Schmidt, informou em entrevista coletiva nesta quinta, 17, que o pagamento de janeiro dos servidores do Poder Executivo pode iniciar a partir da segunda, 21. Para isso, funcionários dos diversos órgãos e da SEFAZ/GO farão uma força tarefa para rodar a folha no fim de semana.

“A gente quer começar o pagamento no dia 21”, disse a secretária, sem confirmar a data por causa do esforço que será feito, mas podem surgir problemas operacionais. Em Rio Verde, hoje, o governador Ronaldo Caiado (DEM) afirmou que o salário deste mês começará a ser pagado no dia 22 de janeiro.

Segundo ela, o governo goiano quer pagar quem ganha menos. “Quem ganha o salário até R$3.000,00 receberá primeiro”.

A secretária  afirma que o governo não tem um cronograma por órgão, por isso a informação será divulgada posteriormente. Esta primeira etapa terá pagamento concluído no dia 25 de janeiro, prometeu Schmidt.

Os servidores do Poder Legislativo, Judiciário, Tribunais de Contas e Ministério Público só receberão o mês de janeiro no limite do prazo legal que é o dia 10 de fevereiro.

Dezembro

O pagamento de dezembro de 2018 para os servidores do Estado de Goiás depende da aprovação do orçamento de 2019 na Assembleia Legislativa. O projeto será enviado para o Poder Legislativo e a expectativa, otimista, é de aprovação na primeira quinzena de fevereiro.

“Nao adianta entrar em greve, nao adianta manifestação”, opinou a secretária. Segundo ela, “não tem dinheiro em caixa para pagar dezembro”.

Na Justiça

Os sindicatos e associações de servidores públicos têm procurado o Poder Judiciário com ações para obrigar o governo de Goiás a pagar a folha de dezembro. Na quarta, 16, a secretária Cristiane Schmidt e a Procuradora Juliana Prudente encontraram-se com o presidente do Tribunal de Justiça, Gilberto Marques, e outros desembargadores para mostrar os extratos bancários do governo goiano de 31 de dezembro até o dia 14 passado.

O objetivo foi mostrar a indisponibilidade de recursos e convencer os representantes do Judiciário de que não adianta determinar bloqueio de recursos por que, segundo a secretária, o dano atingiria aos próprios servidores. “Uma decisão na via do bloqueio financeiro, isso é ruim, por que quem vai sobrer é o servidor”, disse ela ao afirmar que, inclusive, o governo vai atender as decisões judiciais e pagar o atrasado com juros, segundo a Constituição.

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .