23 de dezembro de 2024
Publicado em • atualizado em 05/01/2023 às 12:14

Equatorial repete promessas feitas pela Enel ao assumir distribuição; Clientes observam

Lenner Jayme, presidente da Equatorial em Goiás carrega a responsabilidade de efetivar promessas que os clientes da empresa já ouviram (foto Domingos Ketelbey / Diário de Goiás)
Lenner Jayme, presidente da Equatorial em Goiás carrega a responsabilidade de efetivar promessas que os clientes da empresa já ouviram (foto Domingos Ketelbey / Diário de Goiás)

O cliente da Equatorial, que comprou a concessão da distribuição de energia em Goiás da Enel, acaba de ver um filme repetido. A nova concessionária faz promessas já ouvidas da antiga detentora do serviço e que levaram os cidadãos e empresas a terem uma imagem nada boa da responsável pela energia.

O Grupo Equatorial Energia apresentou um plano de ações e investimentos para o setor de energia elétrica a ser aplicado em 100 dias. No entanto, a promessa implica em instalação de linhas de distribuição e implantação de subestações que, logicamente, demandam elaboração de projeto, tempo para realização das obras, aquisição de equipamentos, entre outras necessidades.

A empresa diz que tem “histórico de melhor distribuidora de energia elétrica do país nos anos de 2015 e 2016, classificada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Equatorial é reconhecida pela recuperação e avanço de desempenho de companhias estaduais privatizadas”. A empresa pode ser a sétima melhor na gestão da concessionária no Pará, mas é a penúltima pior na administração no Maranhão. A Enel é a antepenúltima entre as piores.

Segundo relatório apresentado pela empresa, 44% das unidades transformadoras estão com sobrecarga. , por isso não são atendidas solicitações de novas conexões. Os relatos de empresas que não conseguem energia para expansão, hoje, é extenso, em Goiás. O novo presidente da Equatorial em Goiás aponta como prioridade atender a essas solicitações.

Os clientes (residenciais; comerciais; industriais) estão com paciência e necessidades curtas. Com a Aneel, o acordo é de 3 anos sem risco de caducidade do contrato de concessão que já ameaçava a Enel.

A Equatorial anuncia como novidade o que a Enel já oferecia em serviços digitais, aplicativo, call center e com Centro de Operação Integrado. A antiga empresa também já prometia melhoria no padrão tecnológico das redes de distribuição e investimentos em automação.

Enfim, os goianos experimentam a segunda concessionária a substituir a Celg-D com expectativas frias, pois o que foi deixado pela primeira não agradou. A Equatorial tem a oportunidade de mudar a percepção dos 3,3 milhões de clientes sobre a qualidade da energia que recebe. Mas, vai ter que fazer muito e rápido.

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .