Após revitalizar a Estação Ferroviária, o prefeito Iris Rezende concretiza nova parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para início das obras da Praça do Coreto e da torre do relógio da avenida Goiás. A formalização da iniciativa foi feita na tarde desta terça-feira (21/05), no Paço Municipal, com a presença do secretário municipal de Cultura (Secult), Kleber Adorno.
Em maio passado, o Diário de Goiás informava sobre o estado de depredação ao qual o Coreto fora submetido: Palco de manifestações artísticas, Coreto da Praça Cívica é o retrato de um Art-Déco abandonado e que virou ruína.
A superintendente do Iphan em Goiás, Salma Saddi, reuniu-se com o prefeito, que assinou autorização para reformar os monumentos que fazem parte do acervo Art Dèco da capital, o segundo maior do mundo e o único conjunto tombado pelo Iphan. A obra custará R$ 400 mil e terá início no segundo semestre.
“Goiânia recebe milhares de visitantes por sua vocação comercial, a região da 44 atrai compradores de todo o país e até da América do Sul e podemos aproveitar esse potencial do nosso acervo art déco para gerar renda e empregos”, diz o prefeito Iris Rezende. “Vamos recuperar todos esses prédios, as fachadas e preservar a história da cidade”, destaca.
Localizado na Praça Cívica, o coreto faz parte da história da construção de Goiânia, servindo de palco para manifestações artísticas, culturais e políticas. Foi inaugurado, oficialmente, por ocasião do batismo cultural da cidade, em 5 de julho de 1942.
Também o relógio da avenida Goiás foi inaugurado em 1942, durante o batismo cultural de Goiânia. Projetado por Américo Vespúcio Pontes, localiza-se no início do canteiro central, partindo-se da Praça Cívica. No alto há desenhos geométricos, verticais, horizontais e diagonais. Sobre o mostrador, um elemento vazado com curvas sinuosas.
O relógio é um dos mais antigos pontos de referência de Goiânia, e um símbolo importante da influência art déco. Funcionando durante muito tempo de forma precária, foi consertado pela primeira vez em 1984 e hoje trabalha perfeitamente. A obra é tombada pelo Patrimônio Histórico Estadual como acervo arquitetônico e urbanístico e faz parte do conjunto tombado nacionalmente.
Na reunião, também ficou acertado que o projeto, concluído, para recuperação do Palace Hotel, no setor Campinas, será encaminhado para o Ministério da Cidadania e o prefeito demonstrou interesse em recuperar também outro grande símbolo de Goiânia: o Grande Hotel, no Centro.
Estação ferroviária
As obras da Estação Ferroviária foram empreendidas nos últimos 17 meses, com recursos da ordem de R$ 5,87 milhões e inauguradas no dia 10 de maio.
O prédio conta com uma unidade da Atende Fácil, posto da Guarda Civil, galeria de artes e um Centro de Atendimento ao Turista (CAT). O local será transformado em um centro de convivência.
Na intervenção realizada na Estação Ferroviária, mais do que a restauração arquitetônica do edifício, buscou-se a transformação do espaço, permitindo que novos usos dinamizem a região, atraindo público para o local, preservando a memória ferroviária e valorizando o estilo art déco. Todo o prédio passou por obras, recebendo novas instalações, a recuperação de toda a estrutura, como pisos e cobertura, além de nova pintura e disposição dos espaços.
Altair Tavares
Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .