13 de setembro de 2024
Publicado em • atualizado em 10/04/2014 às 01:32

Custeio da gratuidade no transporte coletivo: Partilha indefinida para uma conta alta

O Governo de Goiás e as prefeituras da região metropolitana não acertaram, ainda, um possível rateio do custo das gratuidades do sistema de transporte coletivo, que impediria um reajuste na tarifa de ônibus.

O valor de R$8.807.549,85 foi apresentado pelas empresas do transporte coletivo, em um demonstrativo que também serviu para o Fórum Empresarial propor o subsídio das gratuidades. Mas, falta um acerto entre o Governo de Goiás e as prefeituras.

Pela ordem, o custo do rateio é maior para Goiânia (R$5.912.851,53), Aparecida de Goiânia (R$1.754.385,58), Trindade (R$R4341.435,31) e Senador Canedo (R$338.366,59).

Os valores referem-se ao custo total das gratuidades do sistema de transporte coletivo que beneficiam idosos, deficientes, estudantes e crianças.

Segundo estudo do Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo (SETRANSP), as gratuidades impactam em 17,5% nas tarifas do transporte coletivo.

O impacto do passe para 110.863 estudantes, equivale a 5,5 pontos percentuais. O passe livre dos deficientes foi calculado em 5 pontos percentuais. O maior impacto é dos idosos, com 70.338 cadastrados, calculado em 6,5% pontos percentuais. A gratuidade para as crianças impacta apenas 0,5% pontos percentuais.

Passe livre

O Governo de Goiás já se comprometeu a custear o valor do passe livre estudantil (R$2.802.334,05), é provável que o rateio do restante do custo das gratuidades (R$6.005.215,80) seja repartido entre as prefeituras.

Uma reunião entre o governador Marconi Perillo (PSDB), Fórum Empresarial e prefeituras da região metropolitana vai tratar do assunto.

A assessoria do governador não revelou detalhes da reunião. Certamente, uma proposta de rateio será avaliada pelos participantes.

Resistência

Prefeitos consultados pelo Diário de Goiás vão com uma resposta pronta: não têm dinheiro e o orçamento já está comprometido. De forma direta, um prefeito revelou que, independente do rateio que for proposto, não tem recurso para nada.

Impasse criado, resta aguardar a reunião desta quinta entre o governador, os empresários e os prefeitos.

 

 

 

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .