Hospitais da rede particular, incluindo os conveniados com o Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo), estão realizando cirurgias eletivas há quase um mês, quando houve liberação do decreto estadual publicado no dia 13 de julho. Em contrapartida, a rede pública ainda elabora um protocolo para voltar a fazer este tipo de atendimento.
As normas estão sendo avaliadas por um subgrupo do Comitê de Operações de Emergência (COE). A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Goiânia informou que também participa da discussão e adotará os critérios recomendados pelo governo estadual. Atualmente, tanto na rede da capital quanto do estado, as eletivas estão suspensas.
Entre os pontos que devem estar no protocolo é a redução do tempo de internação do paciente, para diminuir os riscos de contaminação pelo coronavírus. O COE também deve recomendar que seja feita a testagem para diagnóstico da Covid-19 no paciente.
Ainda não há data para que os procedimentos sejam liberados na rede pública. O prazo depende da retração da epidemia e consequente diminuição da pressão sobre o sistema de saúde. Assim, leitos poderiam ser liberados para a retomada das eletivas.
Na rede privada, procura cai
A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) informou que todos os associados já estão realizando procedimentos eletivos desde a liberação pelo decreto estadual de 13 de julho. Porém, a procura está aquém do esperado. Conforme a entidade, a redução se dá pelo temor das pessoas em procurar os hospitais para realizar este tipo de atendimento e acabar contraindo a Covid-19.
De acordo com a Ahpaceg, no início da pandemia, a procura por atendimentos eletivos caíram até 80%. Os números variaram bastante de lá para cá e ainda não há um dado concreto deste a retomada em 13 de julho. A associação citou, porém, que no Hospital Anis Rassi, um dos principais de Goiânia, a procura pelas UTIs para os procedimentos caiu até 45%.
No Ipasgo, a retomada dos procedimentos também se deu também em 13 de julho. O plano de assistência não informou dados sobre a procura e afirmou que segue todas as orientações das autoridades sanitárias e recomenda a todos os prestadores de serviço que também as sigam. “É importante o envolvimento de todos – profissionais, pacientes – para que a segurança de todos seja garantida”, disse o instituto.
Planos de saúde privados como Unimed e América também foram consultados sobre a procura, mas não disponibilizaram dados.