12 de setembro de 2024
Crítica

Ciro Nogueira critica escolha de ministros do governo Lula: “Opção por homens brancos”

Na última sexta-feira (9), o petista afirmou que mais mulheres, negros e indígenas ainda irão compor seu governo
Ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. (Foto: Isac Nóbrega/PR).
Ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. (Foto: Isac Nóbrega/PR).

Após o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciar, na última sexta-feira (9), os nomes dos primeiros cinco ministros para o seu futuro governo, o atual ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira criticou neste sábado (10), a escolha do petista. De acordo com Nogueira, Lula fez questão de optar por ”homens brancos”.

”Não ia mudar o governo misógino”? publicou Ciro em seu Twitter e ainda completou: “A verdade é uma só: o governo eleito já fez sua opção por homens brancos para comandar o coração do governo. Apesar dos discursos, podem até trazer mulheres e minorias. Será só propaganda e na periferia do poder real”.

Durante o anúncio dos primeiros nomes que estava previsto para acontecer após a diplomação do petista, foram confirmados os seguintes nomes: o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) para o ministério da Fazenda, o ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio Monteiro, para o ministério da Defesa, o ex-governador do Maranhão e senador eleito pelo mesmo estado, Flávio Dino (PSB), para o ministério da Segurança Pública, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), para a Casa Civil e o ex-chanceler Mauro Vieira, para as Relações Públicas.

Portanto, durante entrevista coletiva no último dia 2 de dezembro, Lula afirmou que após ser diplomado o próximo passo será formar o seu ministério. “Tenho 80% do ministério na cabeça, mas não quero construir um ministério apenas para mim. A base do meu ministério será a base das pastas que eu tinha no meu segundo mandato”, complementou.

Iêda Leal compõe equipe de transição

A goiana negra, que coordena o Movimento Negro Unificado (MNU) a nível nacional, Iêda Leal, será anunciada para fazer parte do grupo responsável por igualdade racial na equipe de transição do presidente eleito, Lula (PT).

Em entrevista ao Diário de Goiás no último dia 10 de novembro, Iêda afirmou que  é preciso retomar políticas da área interrompidas por governos anteriores, como a reafirmação da importância das cotas.

“Temos que restabelecer as politicas que foram abandonas por esse governo. As politicas de combate ao racismo passam pela formação na educação, moradia e segurança pública”, afirmou. “As políticas interrompidas nos governos Temer e Bolsonaro prejudicaram os movimentos raciais pelo Brasil.”

Pedagoga formada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Iêda declarou que sua participação na equipe de transição é um reconhecimento pela sua militância e trabalho realizado por ela em todo o país.

A pedagoga também é coordenadora de Combate ao Racismo na Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), além de ser tesoureira-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego).

Antes mesmo do anúncio dos primeiros ministros já confirmados, Lula afirmou que mais mulheres, negros e indígenas ainda irão compor seu governo. “Vai chegar uma hora que vocês vão ver mais mulheres aqui do que homens e vocês vão ver a participação de companheiros afrodescendentes aqui em pé, como estão hoje os companheiros”, disse.


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