Os dados do Censo divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, em 2022, o Brasil tinha 6 milhões de pessoas sem abastecimento adequado de água. Destes, 1 milhão são crianças de até 9 anos, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.
Adolescentes e adultos de até 39 anos também estão entre os grupos que vivem em casas com piores indicadores de abastecimento adequado de água. Um outro fator observado sobre a falta de saneamento básico é raça e etnia que, apesar de 55% dos brasileiros se identificarem como pretas e pardas, o grupo representa quase 70% dos cidadãos que não contam com abastecimento adequado de água.
Abastecimento adequado de água
Para chegar as conclusões, o IBGE considerou critérios do Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB). São quatro métodos que abastecem 97% da população brasileira, sendo eles a rede geral de distribuição, poço profundo ou artesiano, poço raso, freático ou cacimba e fonte, nascente ou mina.
Foram pontuadas ainda formas que não são de abastecimento adequado de água, como por exemplo carro-pipa, água da chuva armazenada e rios, açudes, córregos, lagos e igarapés. Para o levantamento, foram considerados imóveis particulares e permanentes ocupados, portanto casas desocupadas, improvisadas ou de moradia coletiva não foram contabilizados.
Os indicadores de saneamento melhoraram desde 2010, uma vez que pessoas vivendo em lares com descarte adequado de esgoto subiu 11%, com banheiros exclusivos subiu 33,3%, com coleta de lixo 5,1%, e com ligação à rede geral de água também 5,1%.