05 de dezembro de 2025
ABUSO INFANTOJUVENIL

Catalão: PF faz buscas contra suspeito de abuso sexual de crianças e adolescentes e apreende celular

Nova ação da Polícia Federal apreende celular e investiga suspeito de armazenar e divulgar material de abuso sexual de crianças e adolescentes
Agentes cumpriram mandados na casa do suspeito em Catalão nesta terça-feira - Foto divulgação PF
Agentes cumpriram mandados na casa do suspeito em Catalão nesta terça-feira - Foto divulgação PF

A Polícia Federal (PF) cumpriu em Catalão nesta terça-feira (9) um mandado de busca e apreensão contra um suspeito de armazenamento e provável divulgação de conteúdo sobre abuso sexual de crianças e adolescentes. A identidade do investigado não foi informada.

O cumprimentos dos mandados ocorreu durante a Operação Anjos da Guarda XVI. A operação envolve uma sequência de ações voltadas para combater o armazenamento de material desse tipo de abuso. O alvo já era investigado pela PF.

Um celular foi apreendido e encaminhado para perícia. A PF divulgou que as investigações prosseguem para identificar possíveis vítimas ou outros envolvidos no crime.

O suspeito poderá responder pelo crime de armazenamento de material contendo abuso sexual infantojuvenil.

Delegada alerta famílias e sociedade para o contexto dos abusos

A delegada Graziella Balestra, chefe da Delegacia de Combate a Crimes Cibernéticos – Deleciber da Superintendência Regional da PF em Goiás, faz um alerta importante para que a sociedade atente ao que preconiza atualmente a comunidade internacional sobre os crimes de “abuso sexual de crianças e adolescentes”, que se constituem na prática, e juridicamente, um tipo de violência sexual contra crianças e adolescentes.

Ela lembra que, embora o termo “pornografia” ainda apareça na legislação (art. 241-E do Estatuto da Criança e do Adolescente) para definir “qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais”, o uso da nomenclatura atual (abuso sexual de crianças e adolescentes) “ajuda a dar dimensão da violência infligida nas vítimas desses crimes tão devastadores”.

Além disso, ela alerta especialmente pais e responsáveis sobre a importância de monitorar e orientar os filhos no mundo virtual e físico, protegendo-os dos riscos de abusos sexuais. “Conversar abertamente sobre os perigos do mundo virtual, explicar como utilizar redes sociais, jogos e aplicativos de forma segura e acompanhar de perto as atividades online dos jovens são medidas essenciais de proteção. Estar atento a mudanças de comportamento, como isolamento repentino ou segredo em relação ao uso do celular e do computador, pode ajudar a identificar situações de risco”, orienta também.

Contatos inadequados em ambientes virtuais: ameaça oculta

A delegada orienta igualmente que é importante ensinar às crianças e adolescentes como agir diante de contatos inadequados em ambientes virtuais, reforçando que elas podem e devem procurar ajuda. Escutar e credibilizar a fala da criança tem sido defendido como formas importantes de prevenção.

E a prevenção, frisa a chefe da Deleciber, “é a maneira mais eficaz de garantir a segurança e o bem-estar de crianças e adolescentes, e a informação continua sendo um instrumento capaz de salvar vidas”.


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