A Polícia Federal intensificou, nesta semana, o combate aos crimes cibernéticos relacionados à exploração sexual infantil com a deflagração de duas fases consecutivas da Operação Anjos da Guarda em Goiás. Na segunda e nesta terça-feira (9 e 10), mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Aparecida de Goiânia e na capital, como parte das sétima e oitava fases da operação.
Na ação mais recente, realizada na manhã de terça, os policiais federais apreenderam um telefone celular, um notebook e um pen drive durante o cumprimento de ordem judicial em Goiânia. Todo o material será submetido à análise pericial detalhada para aprofundar as investigações e identificar outros possíveis envolvidos.
Já na segunda (9), a sétima fase da operação foi realizada em Aparecida de Goiânia. Nessa ocasião, a PF apreendeu um celular e um computador, igualmente destinados à perícia técnica.
As investigações, que seguem em curso, têm como base o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que tipifica como crime a posse ou armazenamento de material relacionado à exploração sexual infantil pela internet.
As operações têm sido realizadas contra investigados homens e mulheres, adultos e adolescente, da Região Metropolitana de Goiânia e também de outros municípios goianos.
Com essas duas ações consecutivas, a PF apreendeu ao todo:
- 2 celulares
- 1 computador
- 1 notebook
- 1 pen drive
Com a Operação Anjos da Guarda, que está em sua oitava fase, a PF reafirma o compromisso com a proteção dos direitos de crianças e adolescentes e com o combate à criminalidade virtual. A intensificação das ações reflete a priorização do enfrentamento desse tipo de crime com rigor e continuidade, inclusive porque os dados da recorrência dele são graves.
No mês passado, a delegada da Polícia Federal, Graziella Balestra, alertou para “o aumento de denúncias, centenas de operações policiais e prisões, com cooperação internacional, medidas de combate e prevenção”, como reação aos casos investigados e comprovados.
Em abril, um relatório divulgado pela Rede internacional InHope apontou que, em 2024, o Brasil figurou em 5º lugar na lista de países com mais denúncias de páginas que distribuíram conteúdos de abuso sexual infantil. De 2022 para o ano passado, as notificações multiplicaram, e o país passou da 27ª posição no ranking para a 5ª.
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