Após depoimento de testemunhas e interrogatório dos réus, a última etapa do julgamento dos acusados da morte do radialista Valério Luiz entra no terceiro dia nesta quarta-feira (9) com debate entre defesa e acusação. A previsão é que a sentença seja proferida ainda nesta quarta que deve durar cerca de nove horas.
O júri, que teve início nesta segunda-feira (7), foi marcado primeiramente pelo depoimento de cinco testemunhas de acusação e discussão entre a promotoria e a defesa e durou cerca de 12 horas. Nesta terça-feira (8), três testemunhas de defesa também foram ouvidas. Do total de 24 testemunhas, 8 foram ouvidas e as demais dispensadas, a sessão durou 9 horas.
A poucos dias do início do julgamento sobre a morte do radialista , o empresário Maurício Sampaio, acusado de ser o mandante do crime, que aconteceu em 2012, fez ajustes na equipe que atua em sua defesa.
”Pelos depoimentos de ontem (segunda-feira), é tudo por ‘ouvir falar’. Você vai ser condenado nesse país por ‘ouvir falar’? É um absurdo. Eu sei da minha inocência, qual foi o dia que eu ameacei [Valério]?”, destaca Sampaio.
Além de Sampaio, há outros quatro réus: Marcos Vinícius Pereira, Urbano de Carvalho Malta, Djalma Gomes da Silva e Ademá Figueiredo Aguiar Silva. Naves também é o advogado dos três últimos. A denúncia de cada réu:
Inicialmente remarcado para o dia 5 de dezembro, o julgamento foi antecipado para 7 de novembro por causa da Copa do Mundo do Catar, já que algumas testemunhas são do jornalismo esportivo e estarão na cobertura do evento.
No ocisão, Valério Luiz Filho se mostrou indignado com mais um adiamento. “Para mim, emocionalmente, é muito difícil ficar vindo aqui uma, duas, três, quatro vezes. É uma coisa horrorosa. A gente chegar aqui e ficar sabendo que simplesmente um jurado desapareceu e foi encontrado depois é uma coisa ruim.”
A defesa de Maurício Sampaio, por sua vez, disse que o adiamento foi um decisão do Ministério Público. “Nós deixamos nas mãos do juiz, em total confiança a ele, de ele decidir o que ocorreria. Se seria adiado ou não. Mas o Ministério Público acabou por decidir de não continuar no julgamento”, declarou Silva Neto à época.