O padrasto do menino Pedro Lucas Santos, de 9 anos, José Domingos, foi preso em Rio Verde, suspeito de ter tido participação no desaparecimento da criança. Segundo a Polícia Civil (PC) divulgou trechos de conversa entre o padrasto e a avó do menino. O delegado Adelson Candeo informou que as mensagens foram enviadas por José Domingos para disfarçar que tinha matado o menino.
De acordo com a defesa do padrasto, ele nega as acusações e está colaborando com as investigações, além de dizer que não teve acesso a íntegra do processo, mas garantiu que tudo será esclarecido. Entretanto, a polícia acredita que José Domingos está envolvido no caso de Pedro Lucas e que as mensagens enviadas para a avó do menino colocam o padrasto como principal suspeito.
Segundo Candeo, três mensagens foram enviadas nos dois primeiros dias e o fato de ter pouca conversa “indica um problema” e que “não é normal”. Conforme informado pelo delegado, a primeira mensagem foi enviada pelo suspeito para a avó no dia 1º de novembro, perguntando se o menino [Pedro Lucas] está na casa dela.
Em seguida, o padrasto fala para ela que o menino precisa ir para casa porque a mãe de Pedro Lucas teria deixado coisas para ele fazer. No entanto, a mulher teria dito, em depoimento para a polícia, que não deixou nenhuma atividade doméstica para o filho.
No dia 2 de novembro, o padrasto volta a mandar mensagens para a sogra questionando se Pedro Lucas apareceu na casa dela, dizendo que ele “some, aí a sua filha fica com raiva de mim” e afirma não ter culpa que “o Pedro faz essas coisas”. Mais tarde, uma outra mensagem foi enviada para a avó do menino dizendo “o Pedro não tem mais jeito não. A gente fala para ele, só que a gente tem que bater mesmo, né?! O filho não é meu, nem ando batendo, mas vejo a mãe dele brigando com ele aqui no doze”.
“Ele afirma que o menino está indisciplinado e deixa a entender para a avó que se algo acontecer, é por conta desse comportamento”, finaliza Candeo.
Polícia encontra ossada
A Polícia Científica de Goiás está analisando uma ossada às margens do córrego Abóbora, perto de Rio Verde, com objetivo de verificar se é de Pedro Lucas.
“Estamos aguardando a Polícia Científica confirmar primeiro que [a ossada] seja humana, se for, iremos solicitar DNA”, disse o delegado Danilo Fabiano para o g1.
Relembre o caso
Pedro Lucas desapareceu no dia 1º de dezembro, porém a família reportou o desaparecimento a polícia três dias depois. Na época, os familiares afirmaram que Pedro tinha ido para a casa da avó, mas mudaram a versão, dizendo que o menino teria levado o irmão mais novo para a escola.
Segundo o delegado Adelson Candeo, a justificativa para a mentira seria o “receio de perder a guarda dos outros dois filhos”.