Os advogados que representavam Ronnie Lessa, acusado pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, decidiram encerrar sua defesa após o ex-policial militar firmar um acordo de delação premiada para esclarecer o crime. As informações foram divulgadas pela CNN.
O acordo foi validado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), conforme anunciado pelo ministro Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública, nesta terça-feira (19). Em uma declaração pública, os advogados Bruno Castro e Fernando Santana, baseados no Rio de Janeiro, explicaram que o princípio de seu escritório é não atuar em casos envolvendo delatores, independentemente do crime em questão.
A defesa comunicou que, desde o início, deixou claro para Ronnie Lessa que não o representaria em caso de ele optar por cooperar com a Justiça por meio de delação premiada, e que por essa razão não foram envolvidos no processo.
Diante dessa decisão, os advogados informaram que renunciaram ao mandato em todos os doze processos em que atuavam para Lessa, encerrando assim sua representação legal no caso Marielle Franco.
Vale lembrar que a investigação sobre o assassinato da vereadora e do motorista avançou recentemente, chegando ao ponto de mencionar o nome de pelo menos um deputado federal do Rio de Janeiro, o que resultou no envio do caso do Superior Tribunal de Justiça para o STF.
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