Uma pesquisa Atlas/CNN divulgada na quarta-feira (16) revela que o caso das joias derrubou a imagem das Forças Armadas. O ex-presidente Bolsonaro (PL) também foi afetado pelo escândalo e pode ter sua reputação comprometida. Segundo a pesquisa, 67% dos brasileiros pioraram sua opinião sobre as Forças Armadas, 44% acredita que o caso impactou muito negativamente a instituição, enquanto 23% acreditam que impactou negativamente.
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A pesquisa também avaliou como o caso das joias influenciou a forma que os entrevistados enxergam Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e a Polícia Federal. A maioria (37%) acredita que o episódio impactou muito negativamente o casal Bolsonaro. Já a Polícia Federal foi a que menos sofreu com o caso para os brasileiros; 24% acreditam que impactou muito negativamente, 20% que impactou negativamente, 27% que não impactou, 18% que impactou positivamente e 12% que impactou muito positivamente.
A maioria dos brasileiros (72,7%) se diz bem informada sobre as investigações da Polícia Federal (PF) e sobre as tentativas de venda das joias que Bolsonaro ganhou durante seu mandato. Outros 20,9% afirmam que sabem do assunto, mas não muito, e 6,4% desconhecem o assunto.
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Quando questionados se acreditam no envolvimento direto do ex-presidente no desvio das joias do patrimônio da Presidência e na tentativa de vendê-las, mais da metade dos entrevistados 54,3% responde que sim; 35,6% respondem que não e 10% não sabem responder.
Quando perguntados se Bolsonaro “cometeu algum crime ou algum erro” no caso das joias, 49,1% respondem que o ex-presidente cometeu um crime; 30,8% respondem que não cometeu crime nem erro; 11,4%, que cometeu um erro político, mas não um crime, e 8,6%, não respondem.
A pesquisa Atlas/CNN mostra que todos os que acham que Bolsonaro cometeu crime afirmam que não votariam nele se as eleições fossem no próximo domingo. Já entre os que não acham que houve crime ou erro, cerca de 94% afirmam que votariam com certeza ou provavelmente.
A pesquisa também perguntou aos entrevistados se acham que Bolsonaro é vítima de uma “perseguição” no caso das joias. A maioria (49,8%) responde que não; 40,5%, que sim; e 9,7%, não respondem. Além disso, mais da metade dos entrevistados (65,4%) apoia os pedidos da PF para quebrar os sigilos bancários de Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro; uma parte (29,7%) dos entrevistados é contra, e 4,9% não respondem.
A pesquisa ouviu 700 pessoas pela internet entre segunda (14) e terça-feira (15). O nível de confiança é de 95%, com margem de erro de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos.