22 de novembro de 2024
Investigação • atualizado em 29/01/2024 às 08:36

Carlos Bolsonaro é alvo de operação da PF na manhã desta segunda (29)

A polícia esteve no gabinete de Carlos Bolsonaro no Rio de Janeiro e em endereços ligados a ele para cumprir mandados de busca e apreensão
A suspeita é de que Carlos teria recebido "materiais" obtidos ilegalmente pela Abin. (Foto: Agência Brasil).
A suspeita é de que Carlos teria recebido "materiais" obtidos ilegalmente pela Abin. (Foto: Agência Brasil).

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi alvo de buscas da Polícia Federal (PF) na manhã desta segunda-feira (29). A polícia esteve no gabinete de Carlos no Rio de Janeiro e em endereços ligados a ele para cumprir mandados de busca e apreensão contra pessoas que receberam informações da ‘Abin Paralela’. A suspeita é de que Carlos teria recebido “materiais” obtidos ilegalmente.

Conforme as investigações, durante o governo de Jair Bolsonaro, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi utilizada para monitorar adversários políticos. Porém, durante uma live transmitida neste último domingo (28), Bolsonaro, ao lado dos filhos Flávio, Carlos e Eduardo, disse que não espionou adversários. Ele ainda defendeu o ex-diretor da Abin que atuava durante sua gestão, Alexandre Ramagem (PL).

A suspeita da polícia é de que Ramagem usou a estrutura da agência para a tentativa de realizar provas e relatórios em defesa de Flávio e Jair Renan Bolsonaro, além de espionar adversários políticos do Bolsonaro, como Joice Hasselmann e Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara.

Operação Vigilância Aproximada

A nova operação é um desdobramento da Operação Vigilância Aproximada, realizada na última quinta-feira (25), na qual Ramagem foi o alvo das buscas. A ordem para deflagrar a operação foi expedida pelo próprio Alexandre de Moraes. Durante a operação, a polícia encontrou uma tentativa da Abin de associar os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), à organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), durante a gestão de Ramagem.

Os crimes, segundo as investigações, envolviam o uso do software “First Mile”, ferramenta de geolocalização que permite identificar as movimentações de pessoas por meio dos celulares delas. “Não se pode qualificar a solução tecnológica First Mile, adquirida por R$ 5 milhões, como mero brinquedo de criança […] Ainda mais quando a ferramenta foi utilizada para monitorar sujeitos sem qualquer pertinência com as atribuições institucionais da ABIN”, escrevem os policiais.


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