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Catalão: Cargo de Adib no alvo de vários candidatos; Quem vai ficar?

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As eleições municipais que irão acontecer em todo o Brasil ano que vem já são uma realidade e postulantes ao cargo de prefeito já começam a colocar seus nomes no tabuleiro do jogo eleitoral ainda hoje. Mesmo sem poderem confirmar no momento suas candidaturas, já que as convenções partidárias que definirão os nomes dos prefeitáveis irão ocorrer apenas entre 20 de julho e 5 de agosto de 2020, eles vão à campo e já começam a exibir seus talentos e capacidade de aglutinação e formação de bases. Em Catalão, esse cenário é o encontrado: fosse hoje as eleições, o município do sul de Goiás teria no mínimo sete candidatos disputando a cadeira. Apesar de não ter confirmado que disputará a reeleição, o Diário de Goiás colocou Adib Elias na lista.

Os outros nomes colocados que até então pleiteam o posto  e foram contatados pela equipe de reportagem do DG são: César da PC (PSD), Gustavo Sebba (PSDB), Giovani Cotorpassi (PDT), Helder Galdino (MDB), Luciano Tampa (PP) e Marcelo Mendonça, da Rede. Apesar de muitos não acreditarem que todas as pré-candidaturas irão vingar, o número já é expressivo para a cidade do interior goiano e que demonstra o desgaste que o atual prefeito Adib Elias, vem encontrando na administração do município.

O DG entrevistou todos os nomes listados acima. Querem mudar e quebrar o ciclo ‘adibista’ na cidade que já dura 20 anos. Um intervalo entre 2012 e 2016 deu lugar a outro político que tem nome forte na região: Jardel Sebba. “Todos nós estamos muito cansados dessa polarização entre os dois grupos”, disse Mendonça, vereador que agora almeja ser prefeitável bancado pela Rede. A resposta de Marcelo é quase a mesma de todos os outros candidatos. “As pessoas estão com vontade de mudar. Nós estamos num lapso temporal de 20 anos com essas duas candidaturas, ou é um ou é o outro”, mencionou César da PC,do PSD.

Apesar de ainda não ter se decidido pela reeleição, Elias está confiante que vem desenvolvendo um bom trabalho e que vai se decidir apenas em abril do ano que vem.

 

ADIB ELIAS (MDB): “TODOS ESTES QUE ESTÃO FALANDO AÍ NÃO SERÃO CANDIDATOS, NA MINHA OPINIÃO”

O atual prefeito que está em seu terceiro mandato e esteve à frente da prefeitura em outras duas gestões, se disputar as eleições no ano que vem tentará o quarto pleito. “Eu gosto de política, gosto de ser prefeito”, disse à equipe de reportagem do Diário de Goiás. “Eu tô num momento de inúmeras obras: 64 obras.” Ele cita a construção do arco-viário, “que nós lançamos há 10 dias atrás”. Entre outras obras, Adib cita “a construção da estação de tratamento de esgoto mais moderna de Goiás com reatores. As canalizações dos pontos de Pirapitinga, construção de casa, construção de asfalto, evidencia com muita clareza a preferência pelo nosso nome”, fazendo referência a uma pesquisa interna que sua equipe produziu. “Nos estimula profundamente e mostra nosso trabalho”, salientou.

Questionado sobre as pré-candidaturas que estão surgindo, Adib diz que “todos têm o direito” de pleitear a prefeitura. “Não existe quem não queira administrar sua própria cidade e aqui tem candidato de tudo conté espécie, de tudo conté estirpe, então, eles têm o direito de ser candidato e com certeza provavelmente eles vão fazer um trabalho para querer angariar prestígio, voto, mas a partir de abril só vão sair aqueles que sempre saem mesmo”, pontuou.

No entanto, Adib acredita que os candidatos apresentados não irão conseguir musculatura para continuar competitivos ao pleito. “Na verdade, todos estes que estão falando aí não serão candidatos, na minha opinião”, concluiu.

GUSTAVO SEBBA (PSDB): “ESTAMOS VENDO UMA GESTÃO DESASTROSA”

 

Deputado estadual em Goiás, o peessedebista, Gustavo, filho de Jardel Sebba, também compõe o grupo que contrapõe à Adib Elias. Seu pai, prefeito entre 2012 e 2016 também não fez uma das melhores gestões, o que permitiu que o atual prefeito retomasse o cargo por voto popular na campanha eleitoral passada. Em entrevista ao DG, Gustavo diz que quer um novo nome à frente da prefeitura de Catalão e que se for o caso, coloca seu nome a disposição para isso: “Nós temos bons nomes, estamos discutindo, o meu nome está a disposição sim. Para contribuir também com minha cidade”, pontua.

Sebba Filho, não poupa críticas a atual gestão. Além de falar em “gestão desastrosa”, Gustavo fala que Catalão vive hoje num “estelionato eleitoral” e que tudo que “foi prometido em campanha eleitoral não tem sido entregue”. Daí, com um “prefeito desgastado”, a população começa a “ventilar outras possibilidades aproximando o processo eleitoral”.

“Nós estamos vendo uma gestão desastrosa que tem se posicionado na prefeitura, principalmente na saúde, nós temos visto uma gestão que tem causado uma insatisfação muito grande na população porque infelizmente Catalão viveu num estelionato eleitoral. Aquilo que foi comprometido no período eleitoral não tem sido entregue. E a população está carente disso, o prefeito hoje está completamente desgastado e com isso começa a se ventilar outras possibilidades aproximando do processo eleitoral”, dispara.

Mesmo se sua candidatura não for formalizada, Gustavo diz que estará envolvido na disputa, para “mudar esse executivo falho”.

“Eu vou estar direta ou indiretamente participando deste processo para mudar a realidade de Catalão, mudando esse executivo falho”, explica Sebba, que concorda em um ponto com o atual prefeito: o número de candidatos quando o período eleitoral começar de fato, será bem menor. Mas com ressalva: os candidatos deverão se unir para construir candidaturas fortes. “É natural e até saudável que tenhamos vários pré-candidatos para que a população possa analisar desde agora qual o melhor nome para substituir a atual gestão e ao se afunilar e chegar ao período da eleição nós vamos ter os candidatos que eu como eu disse serão bem menores que os pré-candidatos.”

Sebba destaca que o número alto de candidatos que vem se apresentando, é justamente pelo fato do desgaste de Elias. “Eu acho que exatamente por causa dessa desarticulação, dessa incompetência da atual gestão, isso estimula com que vários nomes surjam. Se o prefeito estivesse bem, pouca gente se colocaria como candidato”, conclui.

CÉSAR DA PC (PSD): “ESTAMOS NUM LAPSO TEMPORAL DE 20 ANOS. AS PESSOAS QUEREM MUDANÇAS”

César José Ferreira, conhecido popularmente como César da PC é um dos nomes que tentam dividir as águas em Catalão e acabar com a polarização Adib-Serra e por isso tem colocado seu nome como pré-candidato. Trabalha na política da região do Sul de Goiás há muitos anos e já chegou a prestar serviços para ambos os grupos. Em tempos recentes, trabalho na Agetop (hoje, Goinfra) como Diretor de Fiscalização e Monitoramento de Obras e também fez parte da equipe de secretários do ex-prefeito Jardel Sebba. Apesar das ligações com os grupos mandatários da cidade, sua candidatura é independente e César está confiante que pode angariar forças para ser competitivo no pleito. “Eles provavelmente terão seus candidatos, ou serão candidatos. Eu coloco meu nome de forma independente e vou trabalhar para aglutinar força e ter condições de vencer a eleição”

O cenário, segundo o possível candidato do PSD permite que novas forças se apresentem com competitividade. “Nunca teve um cenário favorável para que outras forças pudessem pleitear a disputa e a partir deste ano, as forças políticas viram que existe essa possibilidade e estão se movimento para isso” explica.

César conta que tem buscado aglutinar forças com jovens lideranças e já contar com uma futura base de apoio entre os vereadores na Câmara Municipal. “Algumas lideranças políticas que hoje buscam essas novas opções para estarem ai a caminho da próxima disputa. Já tivemos com jovens lideranças, pessoas que estão agora na política. Estão pensando em pleitear a disputa de vereador.”

Quando se fala em diálogo com outros candidatos que estão aparecendo, César adota uma postura conciliatória e de diálogo. Ele considera que esta é a única forma para que possam desbancar os dois grupos que alternam o poder em Catalão: “Outras pessoas que pleiteiam a vaga de prefeito. É um momento de conversão. Aquele que não se abrir a essas conversas, provavelmente ficarão fora do pleito. Eu coloco meu nome, aceito a conversa, aceito o debate, aceito a colocação de outros nomes também como pré-candidato a prefeito, nessa conversa, com a maior tranquilidade do mundo.”, pontua.

César prefere não adotar o termo “renovação” para este processo, mas ele acredita que as pessoas “estão com vontade de mudar” e querem novos nomes na disputa. Tudo porém, feito com ‘maturidade’ “As pessoas estão com vontade de mudar. Nós estamos num lapso temporal de 20 anos com essas duas candidaturas, ou é um ou é o outro. Então as pessoas estão querendo fazer essa mudança, essa renovação, eles querem outros nomes nessa disputa. Eu acho que esse é o momento, a discussão é essa, precisa ter maturidade, né? Para chegar a nomes que realmente possa disputar essa eleição, porque senão será mais do mesmo.”, explica.

O pré-candidato também pontua que está preparado e tem as características certas para o cargo. “Se eu sou o nome certo eu não sei, mas a gente tem que ter vontade, condição e coragem. Eu tenho todas esses três adjetivos para disputar essa eleição.”, conclui.

ELDER GALDINO (MDB): “SOU UM DOS GRANDES AGROPECUARISTAS DA REGIÃO”

As especulações começaram em março e confirmadas pelo Diário de Goiás em entrevista com Elder Galdino, do MDB de Catalão. Carismático, a conversa por telefone poderia durar algumas horas. Um candidato que acredita ter potencial para aglutinar forças e ganhar musculatura. “Todo o dia, o pessoal chega em mim e me declara apoio”, conta. Ele revela que o presidente do MDB em Goiás, Daniel Vilela tem dado muito apoio a sua candidatura. “Ele e o Onofrim estão me dando muita força”. Onofre Galdino é irmão de Elder e prefeito de Ouvidor e vice-presidente do partido no estado.

Ele conta que sempre ajudou nos bastidores da política regional, mas nunca se envolveu diretamente. Assim como todos os outros candidatos, Galdino se posta como pré-candidato “porque a população quer mudanças”. “A população de Catalão tá cansada e querendo mudanças”.

Galdino relembra sua trajetória e diz que ela fala como será sua forma de governar caso seja eleito. “Comecei do nada, cresci no ramo, hoje sou um dos grandes pecuaristas da região”, menciona. “Bem estar da sociedade, eu vou olhar pelas pessoas carentes, eu saí da classe humilde. Sai de lá debaixo e vejos dificuldades que as pessoas têm. Vou lutar em prol da saúde de Catalão. Ação social. Vou empenhar as áreas, vou ser funcionário público da população de Catalão. Em prol das pessoas. Minha meta será trabalho, lutar em prol da sociedade catalana. Vou lutar dia-e-noite em prol das pessoas que moram nas zonas rurais. É a minha meta. Gestor para a população.”

Elder menciona que conversa até com o grupo do Sebba se for o caso. “O grupo do Sebba, acho que não vão lançar candidatos, mas podemos conversar com o Gustavo Sebba e ver o que pode acontecer.” A ideia é montar uma aliança com o emedebista à frente e ficar “mano-a-mano” com Adib que foi eleito pelo então PMDB, em 2016.

Questionado se caberia uma aliança entre MDB e PSDB no estado – partidos que por aqui, tradicionalmente se posicionaram em lados opostos – Elder adota uma postura de diálogo e conciliatória: “Tudo é possível, vai depender do diálogo e de conversas”, salienta. No entanto, de uma coisa está certo: “Estou convicto da minha decisão e sou candidato, com toda a responsabilidade ao povo de Catalão”, salienta.

GIOVANNI CORTOPASSI (PDT): “NÃO É TROCA DE NOME, É TROCA DE VISÃO POLÍTICA”

 

Com cabelos e um robusto bigode que lembra o falecido cantor Belchior, Giovanni Cortopassi, do PDT foi o primeiro a colocar seu nome à prova. Ainda em dezembro, deixou o cargo de secretário de Esportes da Prefeitura, sob a égide de Adib Elias, para já anunciar que seria pré-candidato ao cargo. Tem uma fala firme e ao mesmo tempo mansa, o que também lembra o cantor cearense. Aos 58 anos de idade, Cortopassi não é nenhum nome novo na política local e não será sua primeira experiência como candidato. Em 2012, pelo PHS disputou o pleito e recebeu 6% dos votos válidos. Um total de 1.544 eleitores confiaram em Giovanni. Também tentou pelo mesmo PHS, uma cadeira na Assembléia Legislativa do Estado, em 2014. Formado em Educação Física, já esteve à frente de conduzir políticas públicas para o Esporte em vários outros momentos da vida. Entre 1999 e 2003 esteve à frente da extinta Agência Goiana de Esportes e Lazer (Agel).

Em entrevista ao DG, Cortopassi também cita o desgaste de ambos os grupos – Adib e Sebba – tem na cidade, o que considera absolutamente “normal” e enxerga com bons olhos a possibilidade de renovação. “O ciclo do Jardel terminou e o ciclo do Adib pelo que a gente sente também está terminando. Eu vejo política como ciclos, e esses ciclos terminam. Eu fui quatro vezes secretário e uma vez diretor do Estado, a gente tá preparado, sou empresário e estou muito preparado para isto. Eu acho que o momento é esse, as pessoas do nosso grupo me pediram isso e estamos trabalhando desde agora para que aconteça.”, explica.

Por tudo isso, cenário de desgaste para os grupos detentores do poder, sua experiência acadêmica e em outras formas de políticas públicas, Giovani acredita que está preparado. O PDT abriu as portas para que ele consolidasse a candidatura, que “não é aventura”. “Acredito que meu nome está forte e pode ficar cada vez mais forte. A disputa vai afunilar no preparo e conhecimento político em relação à cidade. Pra mim não é aventura, é uma coisa séria. Tanto é que eu pedi demissão de um cargo de 10 mil reais. Então a preocupação não é dinheiro, é um projeto político sério”, salienta.

Cortopassi afirma que não há nenhum vínculo com Adib. Diz que o trabalho desempenhado à frente da Secretaria de Esportes foi excepcional e que há toda independência e autonomia para tomar decisões. “Eu sou livre e independente para tomar as decisões, não preciso de poder público para viver. Fiz um trabalho espetacular nesses dois anos e em tudo que coloco a mão faço bem feito e isso que é importante”, explica.

O pré-candidato concluiu dizendo que a população não quer apenas a troca dos nomes que estão a frente do poder. Mais que isso, querem uma “visão política” diferente. “O desgaste é natural em qualquer política e em qualquer situação quando o político está há 16 anos no poder. A população clama por uma nova visão política, para mim é isso. Não é troca de nome, é troca de visão política”.

Luciano Tampa (PP): “RENOVAR E ADMINISTRAR A CIDADE COM RESPONSABILIDADE”

 

O PP de Vanderlan Cardoso e Adriano Baldy vai com Luciano Tampa neste primeiro momento já o lançando como pré-candidato a Prefeito. “Nasci em Catalão e tenho raízes fixas na cidade”, se apresenta. Tem formação acadêmica em Administração e ajuda a administrar as 4 lojas que a família tem na cidade. “Fundadas há 77 anos”, destaca. Tampa não está na primeira empreitada política. Pelo PSB, em 2016, foi candidato a vice-prefeito na chapa derrotada de Jardel Sebba. Também passou pela secretaria de Esportes e foi secretário de Planejamento na gestão de Jardel.

O discurso de todos os candidatos se iguala em uma questão: o desgaste dos dois grupos dominantes na cidade, especialmente com o atual prefeito com a população. Tampa salienta que existe um “cansaço” da população com ambos os grupos, mas também considera natural os desgastes apresentados. O ciclo político de Adib e de Sebba encerram-se. É hora de mudar: “O Jardel perdeu as últimas eleições e naturalmente seu grupo desgastou e está acontecendo a mesma coisa com o Adib. É notório em toda a cidade que a rejeição dele aumentou muito, e eu acho que essa certa fragilidade que não existia antes cria a possibilidade de novos nomes surgirem. Eu acho natural, toda cidade uma hora ou outra encerra um ciclo político.”

Tampa explica que o desgaste não está apenas na população. A Câmara dos Vereadores já começa a mostrar que a linha amigável do tempo está chegando em sua linha final. “Atualmente a base do Adib tem 10 vereadores, e aparentemente o Caçula [Helson Barbosa, MDB] que é presidente da Câmara rompeu com com a base. O que se escuta nos bastidores é que esse número da base pode diminuir, tem vereadores que acham que a chance dele ganhar está diminuindo”. Na prática, apesar dos sinais visíveis de que o relacionamento Prefeito-Câmara está ruindo, ele considera difícil ter uma ruptura completa.

“Pela minha experiência política eu acho difícil. O pessoal fala mas na hora não sai porque tem cargo no governo e muita coisa segura essa turma aí. E os vereadores acabam ficando fragilizados e mesmo insatisfeitos eles não vêem outra condição de sair candidato se não for onde ele tá.”, prevê.

Caso sua candidatura seja consolidada, ele diz que trabalhará para realizar uma “gestão responsável”. Para ele, não adianta ser ‘oposição por oposição’. “Estamos pensando em implantar um sistema de gestão pública com cargos técnicos, porque temos uma grande preocupação em administrar Catalão. Não adianta fazer oposição, ganhar a eleição e não saber o que faz. Então é administrar na forma de gestão mesmo, dar um choque de gestão pública em Catalão. Sem acordo. Nós temos um grupo de médicos montando um projeto para a saúde, e isso vai ser apresentado na hora certa. Um projeto coerente, com objetivo de execução realmente”, explica.

Marcelo Mendonça (REDE): “ADIB TEM UM PERFIL EXTREMAMENTE AUTORITÁRIO”

 

A carreira política de Mendonça, da Rede, não começa agora. Antes de ser eleito para o segundo mandato de vereador em 2016, já havia 20 anos antes, assumido o mesmo cargo pelo PCdoB, o que não esconde suas vermelhas veias ideológicas. No mandato fez muito pela classe estudantil e ambiental: aprovou a lei do Passe Livre Estudantil, criou a Área de Preservação Ambiental do Ribeirão Samambaia/Pari, a Tribuna Popular na Câmara Municipal entre outras leis. Em tempos recentes, foi secretário do Meio Ambiente, na gestão de Jardel Sebba. Todo essa biografia no currículo já dá um antegosto do que pode ser sua campanha caso seja consolidada. Sua capa no Facebook, atualizada em outubro de 2018 já diz muito sobre o que quer para o futuro: “Não dá para querer mudar e não mudar”.

O “cansaço” da população com a polarização faz com que se levante a possibilidade de um novo nome para pleitear a Prefeitura. Para que isso se solidifique, conversas com outros grupos já estão sendo feitas. Marcelo se mostra confiante: “Temos um grupo de vereadores, na verdade a oposição é composta por 4 vereadores dos 17, de 4 partidos diferentes. Há um cansaço por parte da população, as pesquisas, as redes sociais mostram que esse modelo se esgotou. Então hoje, já existe reuniões, conversas bastante avançadas com intuito da gente lançar uma candidatura propositiva e que esteja antenada nessas novas demandas que estão postas para o município”, menciona.

Marcelo ressalta o perfil de Catalão no estado. “É um município rico. É a quarta economia do estado. É um município que arrecada mais de um milhão de reais por dia, mas tem enfrentado dificuldades enormes por conta da concepção de gestão, do modelo de gestão”, destaca.

Mendonça já tem se apresentado como pré-candidato mas defende diálogo com outras legendas. Ter muitos candidatos no pleito para ele, fortalece o atual prefeito: “Eu me coloquei como pré-candidato e isso aconteceu numa reunião recente. Mas há outros pré-candidatos, uns 3 ou 4, e há um acordo meio que tácito entre todos, de que aquele que apresentar as melhores condições no momento oportuno, aquele que apresentar capacidade de articulação, maior intenção de votos, menor rejeição, há uma ideia que todos os outros o apoiariam. Esse acordo existe, não sabe se será cumprido, eu particularmente entendo que deve ser cumprido. Porque se não for assim, teremos 4, 5, 6 candidaturas e essa pulverização e ela favorece apenas ao projeto do Adib Elias”, conclui.

Por fim, conclui que Adib concentrou-se muito em obras, esquecendo-se da parte social e educação, além de enfrentar uma ‘enormidade de processos’, tem um ‘perfil autoritário’. “Ele enfrenta uma enormidade de processos e desgastes em função de uma administração que tem um perfil extremamente autoritário, ao estilo do MDB, baseado em obras mas que fortemente se esqueceu as áreas sociais, educação, ação social, então é um desgaste grande.”

O Diário de Goiás irá acompanhar dia-a-dia os bastidores das eleições em Catalão e todo o interior do Estado.

 

 

 

 

 

 

Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.

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