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Política
| Em 2 anos atrás

Candidatos bolsonaristas tendem a crescer na reta final, mas a dúvida é se será suficiente

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Apesar de o presidente Jair Bolsonaro (PL) liderar as pesquisas de intenção de voto em Goiás, seus candidatos oficiais em Goiás, Major Vitor Hugo (PL) e Wilder Morais (PL), postulantes a governador e senador, respectivamente, ainda não apresentam o mesmo desempenho.

No entanto, considerando as últimas duas eleições, de 2018 e 2020, caso seja mantida a tradição, a tendência é a de que candidatos bolsonaristas cresçam na reta final de campanha. A dúvida é se esse crescimento será suficiente para obter sucesso nas urnas.

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Em 2018, três dias antes das eleições, Wilson Witzel (à época do PSC e, atualmente, no PMB) tinha apenas 9% para governador do Rio de Janeiro, segundo o Datafolha. No fim, porém, ele terminou em primeiro lugar, com 41%, um movimento que só foi parcialmente captado pelas pesquisas de boca de urna.

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Em 2020, no pleito para prefeito de Goiânia, Gustavo Gayer (à época no DC e, atualmente, no PL), tinha somente 2% a uma semana da votação, de acordo com o Serpes. Embora tenha terminado na quarta posição, ele surpreendeu a todos ao alcançar 7,6%.

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Esses são só dois exemplos recentes, entre tantos espalhados pelo Brasil, de bolsonaristas que apresentaram crescimento nos últimos dias. Em parte, o fenômeno pode ser explicado pelo chamado voto envergonhado dos eleitores que preferem não declarar sua preferência com antecedência.

Em 2022, Major Vitor Hugo e Wilder Morais querem repetir o feito de Witzel. Parece certo que eles ainda vão crescer mais. O crescimento, contudo, pode ser como o de Gayer em 2020: expressivo, mas sem a quantidade de votos necessária para a vitória. Saberemos quando às urnas forem abertas no dia 2 de outubro.

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LEIA TAMBÉM: Múltiplas candidaturas bolsonaristas ao Senado em Goiás favorecem Marconi Perillo

No caso da corrida pelo governo, joga contra o candidato do PL o fato de Gustavo Mendanha (Patriota) também ser identificado com o bolsonarismo. A pulverização de votos atrapalha ambos. Para o Senado, a situação é parecida, com o agravante de que há mais nomes que disputam parte desse eleitorado: Delegado Waldir (União Brasil), João Campos (Republicanos) e Alexandre Baldy (Progressistas). O Diário de Goiás já mostrou a avaliação de que as mútiplas candidaturas bolsonaristas, tendem a favorecer Marconi Perillo.

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.