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Política
| Em 3 meses atrás

Candidata em Senador Canedo, Cristiane Pina promete energia solar de graça a 20 mil famílias

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A candidata à Prefeitura de Senador Canedo, a médica Cristiane Pina (SD) prometeu energia solar a custo zero para moradores de baixa renda do município. O compromisso é um dos carros-chefes da campanha e, segundo estima a candidata, beneficiaria mais de 20 mil famílias de baixa renda.

Ela espera levantar os recursos junto à União “para fazer uma usina de 10 megawatts que dá para atender em torno de 20 mil famílias”. Segundo Cristiane, a ideia é seguir um modelo já aplicado no município de Santo André, em São Paulo.

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Segundo a estimativa de Cristiane, seria necessário investimento de R$ 10 milhões para um custo de manutenção por 30 anos levando energia solar para 20 mil famílias, “com instalação inclusa”.

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Dinheiro pode vir de emendas, diz candidata

“Dá para fazer até por emendas parlamentares. Conseguimos fazer [a usina] com quatro hectares [de área]”, avalia. A ideia é beneficiar famílias de um cadastro específico do município, segundo Cristiane, “porque muitas não conseguem ser atendidas no CadÚnico por falta de documentação que comprove” a situação de vulnerabilidade exigida pelo programa federal.

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O projeto, entretanto, enfrenta algumas questões de ordem política e de mercado. Em termos políticos, já tramita no Congresso Nacional o projeto de lei 624/2023 que cria o Programa Renda Básica Energética (REBE).

PL já em discussão no Senado

O PL já prevê o uso de recursos da Tarifa Social de Energia Elétrica para a instalação de painéis solares nas casas de famílias brasileiras de baixa renda. Em discussão no Senado, o projeto prevê garantir eletricidade para famílias em situação de vulnerabilidade social que consumam até 220 quilowatts/hora por mês. A proposta já foi aprovada na Câmara dos Deputados.

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Em termos de mercado, mesmo que uma prefeitura adquira as placas solares com preços menores, por se tratar de compra em larga escala, o custo do projeto elétrico e da mão de obra para instalação não sofrem variação. É o que explica um especialista no comércio e instalação de energia solar de Goiânia que prefere não ser citado.

Hoje o mínimo instalado pela empresa dele, por exemplo, é um kit com 4 placas solares e custo de R$ 7 mil. “É o suficiente para produzir até 270 quilowatts/hora em uma residência sem ar condicionado e sem freezer”, informa.

Além disso, observa ele, esse é um público que já tende a ser beneficiado pelos programas sociais que envolvem tarifa básica. “Já é uma população que tem consumo muito baixo”, pontua.

Cristiane Pina admitiu que não conhece o projeto que tramita no Congresso, mas pontuou que existem outros projetos similares, “a exemplo do que acontece nas casas que são entregues do governo federal, que vem [com energia solar] já instalada para os banheiros, para os chuveiros elétricos.”

A candidata reforça o apelo ambiental para o uso da energia solar. “É uma temática que o mundo, como um todo, está tratando. A questão da sustentabilidade, as energias renováveis. Além disso, defende a proposta como sendo inovadora e de grande impacto social.

Uma casa por dia

Outra promessa ousada da candidata é a construção de 1.460 casas populares, uma média de uma casa por dia durante os quatro anos de mandato. “Essa iniciativa demonstra o compromisso de Dra. Cristiane com a moradia digna e a redução do déficit habitacional no município”, divulgou a campanha dela.

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Marília Assunção

Jornalista formada pela Universidade Federal de Goiás. Também formada em História pela Universidade Católica de Goiás e pós-graduada em Regulação Econômica de Mercados pela Universidade de Brasília. Repórter de diferentes áreas para os jornais O Popular e Estadão (correspondente). Prêmios de jornalismo: duas edições do Crea/GO, Embratel e Esso em categoria nacional.