As maternidades públicas Dona Iris, Nascer Cidadão e Célia Câmara suspenderam o atendimento desde quinta-feira (29) alegando falta de repasses pela Prefeitura de Goiânia para a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), que administra as unidades. Os atrasos têm sido recorrentes.

O problema foi alvo de protesto da deputada Adriana Accorsi (PT), candidata a prefeita. Ela  divulgou um vídeo a respeito, enfatizando que as três maternidades realizam cerca de mil partos por mês, fora outros procedimentos e consultas.

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Reportagem da Tv Anhanguera nesta sexta mostrou recepções vazias nas maternidades. A imagem contrasta, tendo em vista o grande fluxo de atendimentos prestados nestas unidades pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em situações normais.

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Os montantes devidos não foram informados nem pela fundação, nem pela prefeitura. A reportagem do Diário de Goiás solicitou essa informação da Secretaria Municipal de Saúde, mas a nota enviada informava apenas que “foi feito um repasse nesta sexta-feira para a Fundahc”, sem apontar de quanto e se foi atualizado o montante devido.

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No final da tarde, uma funcionária de uma das maternidades informou por telefone para o DG que o atendimento continuava suspenso. Conforme explicou, elas fariam contato com as pacientes quando o problema for solucionado para reagendar consultas e demais procedimentos impactados pela suspensão.

Candidata aponta descaso

“É inaceitável que em uma cidade como Goiânia, três maternidades públicas estejam paradas. É muito grave o que a nossa cidade está passando, principalmente para as mães, para as crianças, elevando o risco de mortalidade materna, mortalidade infantil. Isso precisa mudar, não é possível mais esse descaso com a vida das pessoas na nossa cidade”, disse Adriana no vídeo.

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Ela comentou a notícia de que a Fundahc responsabiliza a inadimplência, por parte da Secretaria de Saúde de Goiânia, no comprometimento do funcionamento das maternidades. Ainda citou que a decisão da suspensão foi comunicada ao secretário de saúde da capital, em 27 de agosto, porém a situação ainda não foi resolvida.

“Como mãe, não dá pra aceitar que essa seja a realidade da saúde em Goiânia. Esse descaso com a saúde das mulheres e das nossas crianças precisa acabar.  Precisamos de uma gestão que priorize a saúde e o bem-estar da população e garanta que toda mãe tenha o atendimento digno e humanizado que merece”, enfatizou.

Auditoria

Adriana Accorsi vem afirmando que, se for eleita, vai determinar auditoria nas contas da Prefeitura de Goiânia. Segundo ela, entre outras medidas emergenciais na saúde, ela vai repactuar dívidas, compromissos e estabelecer cronogramas de repasses que não estão sendo cumpridos. Ela citou IMAS, Santa Casa de Misericórdia, Hospital Araújo Jorge e outros prestadores de saúde como médicos que estão em situação de irregularidade.

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