14 de novembro de 2024
Saúde na Praça

Campanha da SES-GO reforça a importância da doação de órgãos

A ação do Saúde na Praça, em frente ao HGG, vai destacar o Setembro Verde, mês de conscientização da doação de órgãos, com atendimentos gratuitos à população
O HGG é referência no serviço de transplantes em Goiás. Foto: Thauann Sales
O HGG é referência no serviço de transplantes em Goiás. Foto: Thauann Sales

Em comemoração ao Setembro Verde, mês de conscientização da importância da doação de órgãos, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) estará promovendo, junto ao Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG), uma edição especial do Saúde na Praça. Nesta sexta-feira (01/09), em frente ao hospital serão realizados atendimentos gratuitos à população, das 7h às 12h.

Os goianienses poderão aferir a pressão, fazer teste de glicemia, receber orientações médicas com a equipe de transplantes do HGG, além de participar de jogos interativos sobre a temática. De acordo com uma pesquisa conduzida pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a recusa familiar é o principal motivo que impede doação de órgãos.

Com efeito, para se tornar doador de órgãos, a pessoa deve informar os familiares sobre a decisão. Infelizmente o número de doações de órgãos efetivadas em Goiás, ainda é pequeno e, por isso, as campanhas para tratar o assunto são tão importantes. Dados do Estado mostram que, neste ano, dos 41 casos de doações elegíveis, as 41 famílias foram entrevistadas, mas apenas em 13 situações as doações foram concretizadas. Uma pessoa doadora de órgãos pode salvar até dez pessoas.

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Importância da conscientização

A coordenadora da Central de Transplantes de Goiás, Katiúscia Christiane Freitas ressalta a importância de conscientização desta prática que salva vidas. “Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista de espera”. Nesse sentido, quando ocorre uma morte cerebral em uma unidade de saúde, equipes de psicólogos conversam com os familiares do paciente para que estes tomem a decisão.

Em julho deste ano, o HGG realizou a captação de órgãos de um paciente que tinha 40 anos e teve morte cerebral depois de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Nessa ocasião, médicos vieram de São Paulo para captação do coração; de Brasília pra captação do fígado e os médicos de Goiás fizeram a captação dos rins e córneas. “Neste caso, até seis pessoas poderiam ser beneficiadas, mas há casos em que até dez pessoas podem receber órgãos e tecidos”, contou a coordenadora.

Referência em transplantes

O HGG é referência no serviço de transplantes. Com um investimento de aproximadamente R$ 2,8 milhões, as instalações da ala de transplantes do Hospital contam com uma estrutura moderna. Ao todo, são 32 leitos, sendo 26 para transplantes de rins, fígado, pâncreas e rim-pâncreas, e outros seis para transplante de medula óssea.

Desde o início das cirurgias de transplante no HGG, em 2017, até agosto deste ano, 805 transplantes renais foram realizados na unidade e outros 45 de fígado. Esses números colocam o HGG entre os dez maiores centros transplantadores de rins no Brasil, segundo dados do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).

Fila de espera

Atualmente, segundo o Ministério da Saúde, mais de 50 mil brasileiros aguardam na fila do transplante de órgãos. A maioria está à espera de um rim. O transplante de córnea é o segundo com maior número de pacientes na lista. Somente em Goiás, 1.526 pessoas aguardam por uma córnea; 397 pessoas esperam por um rim e sete pessoas estão na lista na espera por um fígado, segundo dados da Central de Transplantes de Goiás.

O Ministério da Saúde orienta aos futuros doadores que conversem com os familiares e, se considerarem necessário, autorizem por escrito a doação dos órgãos e tecidos. O ministério também informa que o Brasil tem o maior programa público de transplante de órgãos de tecidos e de células do mundo e os pacientes recebem assistência integral gratuita, incluindo exames pré-operatórios cirurgias acompanhamento e medicamentos pós transplante pela rede pública.


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