O governador de Goiás Ronaldo Caiado (União Brasil), voltou a se posicionar nas redes sociais criticando a Enel Goiás. O chefe do Executivo goiano foi enfático ao dizer que ” não admite que a Enel saia de Goiás de fininho”. Isso acontece após uma audiência pública realizada nesta quinta-feira (09), na Câmara dos Deputados, onde se discutiu sobre a possível venda da empresa e que resultou no pedido do presidente da companhia, José Nunes, em querer “confidencialidade” sobre o trâmite, ou seja, que aconteça sem conhecimento público.
Em suas postagens, o governador chegou a dizer, rebatendo a “confidencialidade”, que “a Enel parece que ainda não entendeu que acabou em Goiás a época dos negócios por debaixo dos panos”. “Não vamos admitir que a empresa discuta a venda da sua concessão como distribuidora de energia elétrica no estado sem dar a devida transparência a todo o processo”, completou ele no Twitter.
Questionado sobre a falta de transparência em relação a uma possível venda do controle societário da empresa em Goiás, Nunes alegou necessidade de sigilo sobre o processo. Segundo o executivo, a empresa está seguindo a orientação de advogados e que, por conta da assinatura de um termo de confidencialidade, não poderia antecipar tais informações.
Caiado ressaltou, em contrapartida, que a empresa não cumpriu o compromisso de melhorar o serviço de fornecimento de energia elétrica. “A Enel caminha para descumprir pelo segundo ano consecutivo as metas de melhoria dos serviços da Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica] e isto pode lhe custar a perda da concessão. O melhor caminho é que ela desista de tentar lucrar com a operação de venda e transfira o controle. Queremos a Enel fora de Goiás”, afirmou o governador.
Durante a audiência, o presidente da Enel disse que até o momento não há nenhum acordo para a venda da companhia. Nas redes sociais, o governador afirmou que desde o início se posicionou contrário à venda da Celg para a empresa italiana. “Desde que eu estava no Senado venho lutando contra essa operação criminosa que foi a venda da Celg para uma empresa que não tem capacidade de atender os goianos como merecemos”, lembrou Caiado.
O deputado Elias Vaz (PSB), por meio da Comissão de Minas e Energia, foi quem que pediu o debate de ontem, após circulação sobre assunto da venda do grupo italiano e também por ela não conseguir prestar um bom serviço à população. Neste contexto, na publicação de Caiado, ele citou, também, que negociação esta ligada a “governo anterior regada a vinho italiano de mais de R$ 20 mil”, em possível referência ao ex-governador Marconi Perillo. Confira a publicação completa do governador de Goiás:
Perillo reage
Por sua vez, Marconi Perillo divulgou uma nota resposta onde, apesar de não citar a Enel e Ronaldo Caiado, afirma estar sendo “alvo de ataques injustos, incessantes e carregados de ódio gratuito”.
No texto, ele ainda diz que isso acontece “coincidentemente” após a Justiça “desmascarar” as denúncias feitas contra ele em 2018, quando as “pesquisas mostravam que o povo goiano” o queria como representante no Senado.
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