O deputado federal e presidente do DEM em Goiás, Ronaldo Caiado, disse não ter ressentimentos quanto a saída do ex-colega de sigla e vice-governador José Eliton para o PP, consolidada na semana passada. Eliton foi “lançado” na política por Caiado, que o indicou para a chapa majoritária em 2010, quando os membros de partido decidiram, a contragosto dele, caminharem com o governador Marconi Perillo.

Ao programa Agenda Política, da Rádio Bandeirantes 820, ele não quis julgar o comportamento do ex-aliado. “Eu lamento, a palavra é essa. Não há ressentimento não. Até porque, quem deve julgar é o eleitor goiano. Eu sou da tese que acho que princípios e valores são eternos. Independente do que vamos evoluir, princípios de lealdade, honestidade e companheirismo são inerentes a nós”, disse.

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Caiado é, ao lado de Vanderlan Cardoso (PSB), o principal articulador de uma terceira via no Estado em oposição ao governador Marconi Perillo. O caminho não agradou Eliton, que quer manter a vice do tucano. O presidente do DEM afirmou que, mesmo com a perda, é preciso mostrar que “o partido está forte”.

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Reforma política

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Caiado ainda criticou, em entrevista à Mirelle Irene e Alípio Nogueira, as facilidades para que políticos com mandato deixem seus partidos no país, por meio de brechas na legislação.

“Antes, você perdia um deputado federal, mas ele não levava nem o tempo de televisão e nem fundo partidário. Naquela época, já tinha negociata. Agora, o STF fez com que o parlamentar se torne um partido. Passou a ser um grande mercado, veja a quantidade de partidos que tem sendo criado, passou a ser um grande S.A”, disparou o democrata, que viu dois deputados federais goianos do DEM migrarem para o PSD quando o partido foi criado.

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“É uma matéria que tenho debatido com os ministros do Supremo, para coibirmos essa desestabilização do partido. Daqui a pouco teremos 512 partidos, cada deputado federal vai criar um”.

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