Durante reunião entre governadores e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Palácio do Planalto na manhã desta sexta-feira (27), cada representante estadual tinha que apresentar três reivindicações ao governo federal, além de projetos de impacto regional.
Em Goiás, o governador Ronaldo Caiado destacou três pontos prioritários e solicitou ao governo federal, recursos para o Hospital do Câncer de Goiânia, BRT entre Santa Maria (DF) e cidades de Luziânia, que ficam no Entorno do Distrito Federal, e para o projeto de fruticultura centrado na Região Nordeste do Estado.
Em 2021 o governador anunciou ampliação no tratamento de câncer em Goiás, com a construção de um novo hospital que ficará às margens da BR-153, próximo a Ceasa em um terreno doado pelo governo federal.
O Hospital Estadual do Câncer de Goiás foi projetado por Caiado com base no Hospital do Amor de Barretos (SP) para ser o maior hospital oncológico da América Latina, com área superior a 170 mil metros quadrados. O tratamento oferecido na unidade será baseado na identificação precoce de tumores, atendimento clínico e cirúrgico, quimioterapia, radioterapia e UTI especializada.
Já no fim do ano passado, o transporte coletivo que abriga a Região do DF virou polêmica quando o governo do DF anunciou que a gestão das linhas que fazem o semiurbano seria devolvida para a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) e isso provocaria um aumento de até 26% na tarifa.
Mas a instalação de linha do BRT entre cidades de Luziânia até Santa Maria, no DF, já é uma discussão antiga quando em 2013, a proposta seria beneficiar os municípios de Cidade Ocidental, Novo Gama, Valparaíso e Luziânia.
Para o projeto de fruticultura em cidades da região Nordeste de Goiás, os treinamentos já foram iniciados com pequenos produtores rurais, portanto, deve ser criado um polo de Fruticultura que vai até o Paranã.
Uma das principais pautas da reunião foi a reposição das perdas de arrecadação com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre combustíveis, energia elétrica, serviços de comunicação e transporte público. Leis editadas no ano passado definiram que a alíquota do ICMS deveria ser unificada em todo o país, com tributação sobre unidade de medida, em vez do percentual sobre o preço médio dos combustíveis. Além disso, a cobrança do imposto foi limitada.
Durante sua falar, Caiado disse que Goiás perde mais de R$ 5,5 bilhões por ano. “Goiás hoje perde mais de 5,5 bilhões de reais por ano e se não houver alguma medida, não apenas Goiás, mas os outros estados podem perder as condições de fazer os investimentos adequados, inclusive em Saúde, Educação e Segurança”, destacou o governador.