A iminente aliança entre o governador Ronaldo Caiado e o MDB tem criado rumores de insatisfação entre componentes da atual base do governo. O espaço que a sigla comandada por Daniel Vilela teria poderia atrapalhar planos de outros partidos que sustentam Caiado. O governador, no entanto, nega a possibilidade de dissidências.
Nesta quarta-feira (15), Caiado disse que nenhuma liderança tem motivo para reclamar do governo estadual e garante a base aglutinada. ” Vou trabalhar para que todos estejam juntos. Qual o fato determinante para uma fragmentação? Se o governo estivesse trabalhando mal, não estivesse cumprindo os compromissos. Estou atendendo tudo aquilo que fizemos de compromisso na base. Não há motivo algum para fragmentação. Tenho que aglutinar mais ainda”, pontuou.
O governador lembrou o cenário difícil e pediu união. “Não há espaço, hoje, que não seja para trabalhar de forma conjunta. As dificuldades são muitas”, disse. Ele reforçou que a gestão não tem dado brechas para reclamações e, por isso, a base deve seguir em conjunto. “Não dá para ficar fazendo oposição sem objetivo. Você não vê um escândalo no governo, vê a boa aplicação do dinheiro público, a capacidade que tivemos em renegociar as dívidas. Onde está a falha? Para quê oposição se estamos fazendo de mãos dadas?”, questionou.
Caiado citou nominalmente o prefeito de Catalão, Adib Elias, apontado nos bastidores como um dos insatisfeitos. Ele foi expulso do MDB por apoiar Caiado em 2018. O governador negou qualquer rusga. “Eu não tenho dificuldade nenhuma de conversar com o Adib. Foi aniversário nele no fim de semana, e conversamos longamente”, contou.
O democrata lembrou que teve apenas o apoio de 14 prefeitos no ano de sua eleição e, mesmo assim, não retaliou opositores. “Não retive verba de nenhum prefeito, todos são atendidos pelos programas sociais. Não entendo por que eu estaria deixando a desejar. É um governo que está se esforçando ao máximo para cumprir suas etapas de atendimento à população. Nenhum prefeito opositor a mim pode alegar que eu tenha o discriminado”, afirmou.