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Política
| Em 1 ano atrás

Caiado mobiliza artistas e apoiadores em apoio à construção do CORA

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O governador Ronaldo Caiado (UB) realizou, nesta quarta-feira (29), a segunda vistoria às obras do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (CORA). No evento, o governador apresentou dados sobre o andamento da construção, já com 40% de conclusão do projeto, mostrou números relacionados aos gastos, estipulou prazos e firmou parcerias com artistas e apoiadores.

De acordo com o governador, a previsão de entrega da ala pediátrica é para 2024. “Pode ter certeza, no final do ano esse Hospital vai estar pronto. Em janeiro 2025 eu quero começar a atender e operar pacientes aqui”, prometeu Caiado. A unidade de saúde será o primeiro hospital público de Goiás exclusivamente dedicado ao tratamento contra o câncer e possui projeto inspirado no Hospital do Amor – Hospital do Câncer de Barretos, em São Paulo.

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Sobre as questões relacionadas a iniciativas de opositores para barrar as obras do CORA, Caiado referiu-se a outras obras públicas feitas no governo Marconi Perillo. Sem citar nomes, o governador comparou os gastos, o porte e importância da construção do CORA. “Essa obra é para salvar vidas. Não é uma obra monumental para fazer Caixa 2. Eu, com o dinheiro de um aeroporto que nunca teve um drone lá, em Anápolis, eu faria, sem dúvida nenhuma, mais dez hospitais em Goiás. Essa é uma obra muito importante. Essa é a diferença. Dinheiro público é feito para isso. Não é para enriquecer pessoas”, pontuou Caiado.

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Coube ao Procurador-Geral do Estado, Rafael Arruda, defender a parceria do Governo do Estado com a Fundação PIO XII, que atua na construção do Hospital. “O que se tem aqui é uma parceria público-privada em sentido de ângulo, para que o poder público ofereça bens e serviços de relevância pública à população”, explicou.

Arruda fez questão de enfatizar que os trâmites entre os setores público-privado estão em conformidade com a lei. “Da administração pública e, para isso falando muito rapidamente sobre o aspecto jurídico, o Estado de Goiás se serve da Lei Nacional 13.019, que é o marco regulatório que disciplina no país todo a celebração de parcerias do poder público com as entidades privadas filantrópicas”, destacou.

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O próprio presidente do Hospital do Câncer de Barretos, Henrique Prata, destacou os esforços do governador para construir o CORA. “É uma vontade de quatro anos antes, não é de agora, do primeiro mandato do Ronaldo. Ele e Gracinha (primeira-dama) foram a Barretos, e ele falou, ‘nós vamos fazer isso’. Foi muito difícil a aquisição do terreno, um trabalho danado”, acrescentou Prata.

Prata ainda teceu elogios a Caiado e assegurou que a obra é feita com recursos mais baratos.”Nós estamos aqui numa alegria de trazer um projeto do século 21, em pleno século 21, e alguém falando que isso aqui custa mais caro”, argumentou, em resposta a sugestões de que haveria superfaturamento de gastos com as obras do projeto.

Câncer em Goiás

O titular da Secretaria de Estado da Saúde, Sérgio Vencio, demonstrou o aumento dos atendimentos a pacientes oncológicos a partir da inauguração do CORA. Conforme dados do Ministério da Saúde, atualmente, são realizados 4.500 cirurgias oncológicas pelo SUS em Goiás, anualmente. “Somente aqui do CORA a gente vai fazer 7.500 por ano, o número quase o dobro do que já existe”, destacou Vencio.

De acordo com o secretário, por mês serão 13.500 consultas, 3.500 exames de imagem, incluindo incluindo ressonância, tomografia, PET scan, mamografia, e outros, e cerca de 600 cirurgias. “Isso justifica a verba. Quando isso aqui estiver tudo pronto, vai custar o estado R$ 22 milhões por mês, o que é 60% do que a gente gasta no Hugol, mas é específico do câncer”, explica Vencio.

O titular da Saúde também ressaltou o investimento feito no tratamento do câncer a partir da inauguração do CORA. “O Estado de Goiás hoje gasta, segundo dados oficiais do Ministério da Saúde, R$ 35 milhões por ano para o tratamento do câncer. Nós vamos gastar aqui no CORA, quando estiver tudo funcionando, R$ 22 milhões. Em dois meses nós vamos gastar mais com o câncer do que já se gasta hoje em Goiás o ano inteiro”, argumentou.

Vencio ainda justificou que os gastos com a manutenção das atividades do CORA representarão apenas 8% do que o Estado de Goiás gasta com saúde. “É mentira que o CORA é a obra mais cara do Brasil. O CORA vai representar 8% do orçamento do Estado”, pontou.

Parceria com artistas e apoiadores

Conforme o projeto, o CORA terá 148 leitos de internação, centro cirúrgico, farmácia e centro de exames. Além disso, há ainda uma proposta inédita de alojamento para as famílias de pacientes. De acordo com Caiado, as instalações para receber as famílias serão doadas por artistas goianos, como Gusttavo Lima, que esteve presente no evento, e Alok, que já anunciou apadrinhamento do CORA. “Os artistas vão construir uma casa, o McDonald’s vai construir outra. Essas casas são casas com mais de 50 apartamentos cada uma, para que as pessoas possam ficar aqui instaladas”, disse.

Segundo Henrique Prata, as casas serão feitas com altíssimo padrão. “Para vocês terem uma ideia, uma hotelaria, que são as casas que os artistas vão fazer, a casa que o McDonald’s vai fazer, é uma casa de 6 mil reais o metro quadrado. É um hotel simples. Agora, um hospital custa 9 mil a 9.500 reais um metro quadrado. É muito mais complexo que uma casa, é de muito mais qualidade, muito mais importância”, comparou Prata, destacando o nível dos investimentos em acomodações.

O governador explicou que ter a família por perto faz a diferença no tratamento dos paciente. “É a casa onde os pais vão ficar aqui hospedados, acompanhando o filho no dia a dia. Porque é exatamente esse resultado, que cientificamente demonstrou que mais de 5% dos melhores resultados são quando você tem o acompanhamento da família. Esse é o espírito”, enfatizou Caiado.

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Luana Cardoso

Atualmente atua como repórter de cidades, política e cultura. Editora da coluna Crônicas do Diário. Jornalista formada pela FIC/UFG, Bióloga graduada pelo ICB/UFG, escritora, cronista e curiosa. Estagiou no Diário de Goiás de 2022 a 2024.