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Política
| Em 3 anos atrás

Caiado diz que segurança pública não pode ‘responsabilizá-lo’ por herança em não pagamento do data-base

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O governador Ronaldo Caiado (DEM) disse durante o Mutirão em Aparecida no último sábado (11/12) que os servidores da segurança pública não podem responsabilizá-lo pelo não pagamento da data-base. Um grupo de manifestantes cobravam o governo durante o evento. O democrata saiu em sua defesa: “Não podem me responsabilizar por uma herança dessa, tão penalizadora do dia para noite. Eu só tenho dois anos, onze meses e onze dias de governo. Eu não tenho 20 anos. Aos poucos estamos indo”, respondeu em coletiva aos jornalistas presentes.

Presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado de Goiás, Gilberta Lima, no mesmo evento pontuou que servidores da segurança pública estavam há cinco anos esperando uma solução do data-base e que o governo Caiado não se disponibiliza ao diálogo. “A maior dificuldade que enfrentamos no governo é a falta de diálogo. É exatamente isso. Todo o mundo tem dificuldade, mas acho que conversar é bom para todo o mundo e saudável. Todos ganham, a sociedade ganha. O que queremos é que se sentem conosco e discutam a questão da reposição da data-base. Como eu já falei, tem cinco anos que estamos esperando”, pontuava ao Diário de Goiás.

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A reportagem do Diário de Goiás apontou que há aproximadamente duas semanas houve uma reunião entre representantes do governo e da segurança pública, no sentido de vislumbrar uma solução para a crise. Setores governistas argumentam que receberam o Estado em situação de calamidade na economia e o governador Ronaldo Caiado tem buscado solucionar todas as questões no sentido de quitar os débitos públicos, que vem de gestões anteriores.

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No Mutirão, o próprio Caiado respondeu aos jornalistas que a dívida com os servidores não é de hoje. “Esse assunto está desde 2016. Estou numa fase de recuperação judicial do Estado. É uma fase que estamos ampliando e recuperando aos poucos. Conseguimos um pouco aqui, acolá. Aos poucos, vamos atendendo”, pontuou.

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Uma pandemia no caminho

Caiado ponderou que em meio às negociações, uma pandemia imprevista provocou uma série de situações inesperadas. “Temos uma situação hoje que é emergencial. As pessoas estão sendo despejadas de suas casas por não ter como pagar o aluguel, a outra não tem o que comer, a criança não tem roupa para ir à escola. O que é prioridade? Eu como médico, sei definir isso muito bem. Eu recebo um paciente que torceu o tornozelo e outro que tem uma fratura exposta? Qual vou operar primeiro? É lógico que é o da fratura exposta. Que eu vou atender primeiro neste momento? A necessidade das pessoas”, destacou.

Caiado disse que a política deve ser deixada de lado neste momento em atenção à vida das pessoas. “Temos que tirar o cunho político neste momento e transformar isso numa responsabilidade social e a partir de 2022 alavancar cada vez mais em novas oportunidades de renda, emprego e o estado criar musculatura do ponto de vista fiscal. Não fui eu quem estipulei o teto, quem definiu o teto foi em 2016, não foi no meu governo”, destacou.

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.