O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta sexta-feira (24) a autorização para que Goiás faça adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O evento, realizado em Brasília, encerra um imbróglio que começou na semana passada, quando Bolsonaro falou em ‘esperar mais’ para dar o aval.
Na saída da reunião, realizada a portas fechadas, o governador Ronaldo Caiado comemorou. “É o maior presente de Natal que poderia ser dado aos 7,2 milhões de goianos”, disse Caiado. O governador ainda lembrou que tenta colocar Goiás no RRF desde que assumiu o governo, em 2019, e agradeceu a bancada do estado pelo apoio.
O democrata afirmou que 2022 “vai ser o ano da retomada” e de “maior crescimento econômico” de Goiás, a partir do ingresso no RRF. Segundo ele, isso se dá porque o estado passa a ter previsibilidade. “Goiás hoje sabe como administrar seu dinheiro e vai se transformar num case para os demais estados”, disse.
Com a entrada no RRF, o estado tem que apresentar contrapartidas para melhorar a situação fiscal. Uma delas é limitar o aumento da folha salarial e gastos públicos. Porém, Caiado garantiu que o governo trabalha com a possibilidade de realizar concursos e dar outros benefícios ao funcionalismo público. “Isso aqui é equilíbrio fiscal, é ajuste fiscal. É a previsibilidade de as pessoas terem seu salário, sua aposentadoria. progressão, promoção, novos editais para concurso público e reajuste dentro daquela capacidade específica do governo. Quanto mais o governo for recuperando o quadro fiscal, reajustes serão dados”, concluiu.
Segundo o governador, Goiás já tinha uma dívida fixa de mais de R$ 17 bilhões, além de R$ 6 bilhões em débitos acumulados.
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