Faltando mais de seis meses para as eleições municipais de 2024, há quem já esteja de olho em 2026, para as presidencias. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), é um deles e tem aproveitado o espaço da mídia sobre o assunto para lançar suas ideias e propostas. A oportunidade mais recente foi em uma entrevista, dada à Folha de S.Paulo, publicada nesta segunda-feira (25).
A reportagem reforça que Caiado voltou a se aproximar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível por oito anos, após desentendimentos na pandemia, mas o chefe do Executivo goiano, além de se lançar como pré-candidato para a Presidência em 2026, afirmou que tem o mesmo eleitorado de Bolsonaro.
“O eleitorado conservador hoje atinge próximo de 70% da população brasileira. Nós reconhecemos que o ex-presidente Bolsonaro conseguiu, como nenhum outro, aflorar esse sentimento”, diz, completando ser importante contar com o apoio de Bolsonaro: “Ora, não sendo ele, a minha trajetória de vida é exatamente no mesmo eleitorado do presidente Bolsonaro.”
“Eu fui candidato em 89 e naquela época você tinha muito mais preconceito ao setor rural e às teses que nós defendíamos do que um apoiamento por parte maior da população. Hoje você vê o contrário, hoje você vê que a direita está muito mais consistente, com projetos cada vez melhores e podendo demonstrar isso na vida prática”, relembrou o governador de Goiás.
O chefe do Executivo goiano ainda garantiu que, atualmente, não seja possível ter um candidato forte do campo oposto a Lula sem o apoio do Bolsonaro. “Lógico que a posição dele [Bolsonaro], hoje, é extremamente importante para que o candidato tenha a perspectiva de ganhar uma eleição. É óbvio, isso aí está escancarado. Como é que uma pessoa que é um ex-presidente, que não tem previsão de ser candidato agora pela decisão [do TSE], pode colocar 750 mil pessoas na Paulista?”, disse.
Em outro trecho da entrevista, Caiado ainda afirmou que Bolsonaro nunca pediu para que ele deixasse o União Brasil e se filiasse ao Partido Liberal. Apesar disso, o governador não afirmou se o faria.