Informações mais recentes, divulgadas por veículos norte americanos, sobre o submarino desaparecido desde domingo (18), divulgaram que o ex-comandante do submarino nuclear da Marinha dos EUA, David Marquet, alertou que sons e sinais esperançosos detectados repetidamente nas últimas horas podem não estar vindo do submersível Titan.
“Não acho que o barulho seja deles, podem ser apenas sons naturais. Estamos ouvindo barulhos e mais navios entrando na área, e então estamos ouvindo mais barulhos, e não acho que seja uma coincidência”, disse ele à BBC na noite desta quarta-feira (21).
A informação vem em forma de má notícia, já que a Guarda Costeira dos EUA projetou que o suprimento de oxigênio do submarino desaparecido expira na manhã desta quinta-feira (22). Ou seja, caso a embarcação esteja submersa, intacta e com sobreviventes, eles não terão mais como respirar e podem ser dados como mortos a partir disso.
A Guarda Costeira ainda afirmou aos veículos de comunicação que está usando veículos operados remotamente para fazer buscas subaquáticas perto de onde aeronaves canadenses registraram os ruídos no início desta semana. Apesar disso, ainda não foi encontrado nenhum vestígio do Titan nem de nenhum dos seus cinco ocupantes.
O capitão da Guarda Costeira, Jamie Frederick, disse que a análise dos ruídos foi “inconclusiva”. “Quando você está no meio de um caso de busca e resgate, você sempre tem esperança […] Com relação aos ruídos especificamente, não sabemos o que são, para ser franco com você”, afirmou.
Com isso as chances de sobrevivência dos cinco passageiros a bordo do submarino desaparecido se tornam extremamente baixas. Isso por que, uma das únicas, se não a única forma, de que o submersível Titan fosse resgatado com os passageiros vivos, era com um equipamento chamado de Flyaway Deep Ocean Salvage System (FADOSS) que pode recuperar objetos ou embarcações do fundo do oceano até 6.000 metros de profundidade.
Isso é mais do que suficiente para alcançar a área do Titanic naufragado, que está a 3.800 metros. Porém, antes que o sistema possa ser usado, o submersível teria que ser identificado, para que a ferramenta fosse soldada ao convés de um navio e descesse até o resgate. Ou seja, isso duraria, no mínimo, 24 horas de operação ininterruptas.
O ex-mergulhador da Marinha dos EUA, Bobbie Scholley, porém, afirmou que ainda há motivos para esperança, apesar dos relatos iniciais de que o oxigênio a bordo do Titan acabaria no início da quinta-feira. “Todo mundo está focado na janela de 96 horas para o suporte de vida que eles estão dando à tripulação, mas esse não é um número fixo e rápido e eu sei que as equipes de busca não estão focadas em ser um número fixo e rápido”, garantiu.
Enquanto isso, equipes dos EUA, Canadá e França usaram aviões e navios para vasculhar quase 26 mil quilômetros quadrados de mar aberto, aproximadamente cinco vezes o tamanho do Distrito Federal brasileiro.
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