Informações divulgadas pelo Ministério da Saúde sobre os casos e mortes por dengue até o último dia 18 de novembro mostraram que, pela segunda vez consecutiva, o Brasil ultrapassou os mil óbitos pela doença. Ainda de acordo com o painel de arboviroses, em 2022 foram 1.053 mortes e, neste ano até agora, são 1.037.

O painel mostra algo que deve ser mostrado como um alerta: o fato de que, desde 2022, os números de mortes por dengue vem aumentando. Até então, 2015 era o ano com mais registros de óbitos, com 986 e todos os outros anos nunca tinham mais de 700 mortes somadas em um único ano.

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Já sobre os casos, em 2023, até agora, já foram mais de 1,6 milhão de casos prováveis de dengue. Mais do que em 2022, que nos 365 dias contabilizou 1,52 milhão de diagnósticos. 2015, porém, continua sendo o ano com o maior número de infecções registradas: 1,68 milhão de pessoas contaminadas.

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Em Goiás, só em 2022, o estado registrou 214,7 mil casos de dengue, mais que o dobro do total de casos registrados em todo o Centro-Oeste, que registrou 348,6 mil casos no ano passado. As mortes neste ano foram 184. Em 2023, até final de outubro, foram registrados 60.394 casos confirmados e 25 mortes por dengue. A informação é da Secretaria Estadual de Saúde (SES), que ainda afirmou que outras 37 mortes foram consideradas suspeitas e estão em investigação.

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Vale lembrar que já existe uma vacina contra a dengue, da farmacêutica Takeda, chamada de Qdenga, e que recebeu o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março para uso no Brasil em pessoas de 4 a 60 anos. Apesar disso, por enquanto, o imunizante é apenas comercializado nas clínicas particulares em um preço que varia de R$ 400 a R$ 500.

O esquema, no entanto, envolve duas aplicações, com um intervalo de três meses entre elas, logo, o preço final fica entre R$ 800 e R$ 1 mil. A eficácia geral é mostrada como tendo 80,2% para evitar contaminações, e de 90,4% para prevenir casos graves.

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