Um homem de 41 anos que desembarcou no Brasil recentemente é o primeiro paciente com varíola dos macacos confirmada no Brasil. Ele estava na Espanha, segundo país com o maior número de casos da doença. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (8) na cidade de São Paulo. O homem foi colocado em isolamento no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na Zona Oeste da capital.
Em entrevista á Globo, os médicos disseram que, pela análise clínica, os sintomas e a características das feridas são muito compatíveis com os efeitos da doenças e que o paciente está bem. Em nota, a secretaria estadual da Saúde de SP disse que o homem teve sintomas como febre e dor muscular com início em de maio.
Além do caso confirmado, uma mulher de 26 anos, também está sendo monitorada em São Paulo. De acordo com as informações, ela não tem histórico de viagem ao exterior, mas hospitalizada com suspeita de ter contraído a doença.
O Ministério da Saúde informou que oito casos estão em investigação em todo o país. De acordo com a pasta, casos são no Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e São Paulo com um caso suspeito em cada, dois em Rondônia e dois em Santa Catarina. No último domingo (5), a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou ter confirmado 780 casos de varíola de macacos em todo o mundo.
Contaminação
A varíola dos macacos não é completamente conhecida pela comunidade científica, então ainda há incertezas sobre a forma de transmissão. De acordo com informações divulgadas, o contato com fluidos das feridas, ou até pelo ar, parecem ser formas mais comuns de contrair o vírus, mas ainda há muitas dúvidas e a suspeita de que este vírus, diferente do coronavírus, não é capaz de viajar por muitos metros e o contato para transmissão deve ser muito próximo.
De acordo com a virologista do Laboratório de Biologia Molecular de Vírus da UFRJ, Clarissa Damaso, em entrevista à CNN, não é necessário alarde, uma vez que o país tem como oferecer suporte à população sobre a doença. “Não acredito que vá escalar, como a gente teve para a Covid. O padrão de infecção é bem diferente. Então eu gostaria de dizer à população para não ter pânico porque nós temos armas para lidar com esse vírus”.
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