15 de agosto de 2024
Brasília

Bolsonaro nega à PF que tenha discutido um plano golpista; confira detalhes do depoimento

O advogado e assessor de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, por sua vez, disse que o “nome do ministro Alexandre de Moraes jamais foi citado"
Jair Bolsonaro prestou depoimento à PF na tarde desta quarta-feira (12), em Brasília. (Foto: reprodução)
Jair Bolsonaro prestou depoimento à PF na tarde desta quarta-feira (12), em Brasília. (Foto: reprodução)

Apesar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmar que compareceu a uma reunião com o senador Marcos do Val e Daniel Silveira em 8 de dezembro de 2022, o ex-mandatário negou que um plano golpista tivesse sido discutido. A declaração foi dada tanto em depoimento à Polícia Federal, quanto para jornalistas que o entrevistaram na tarde desta quarta-feira (12).

Apesar de ter decretado perdão à pena de Daniel Silveira em 2022, o ex-presidente disse que não era próximo de nenhum dos dois homens, principalmente de Marcos do Val. Ainda segundo Bolsonaro, a reunião com eles durou cerca de 20 minutos e aconteceu no Palácio do Alvorada.

O ex-presidente disse que, na época da reunião, havia a possibilidade de senadores mudarem de partido, “e nada mais além disso” teria sido discutido. Sobre as falas de Marcos do Val, Bolsonaro disse que “ele que responda pelos atos dele”.

O advogado e assessor de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, por sua vez, completou também que o “nome do ministro Alexandre de Moraes jamais foi citado, muito menos qualquer tentativa de gravação junto ao ministro” do Supremo Tribunal Federal (STF).

Vale lembrar que, em fevereiro deste ano, os “atos” de Marcos do Val citados por Bolsonaro, se referem ao senador quando ele disse ter sido coagido por Bolsonaro e pelo ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) a participar de um “plano golpista”.

Além disso, Do Val também afirmou que queria gravar uma conversa dele com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, que seria instigado por ele a admitir que estava extrapolando os limites constitucionais. Assim, a ideia do senador bolsonarista, era de, com a gravação que nunca ocorreu, solicitar a prisão de Moraes e a anular da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ainda sobre as falas de Bolsonaro ontem, ele disse que “se não tivesse nenhum capital político, não estariam fazendo isso contra mim […] Muitos outros [depoimentos] terão. Fazer uma busca e apreensão na minha casa contra a orientação do Ministério Público atrás de cartão de vacina, no meu entender, é um ato de esculacho”, falou à imprensa.


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