As motociatas protagonizadas pelo presidente Jair Bolsonaro já custaram pelo menos R$ 2,8 milhões aos cofres públicos, segundo levantamento feito pelo jornal Folha de S. Paulo.
Ainda de acordo com a Folha, todos estes custos leva em conta as despesas com o cartão de pagamento do governo federal, informada pela Secretária-geral da Presidência. À Folha de S. Paulo, a Secretaria – Geral disse que as prestações de contas encontram-se em fase de instrução, ou seja, ainda está dentro do prazo legal.
Ainda de acordo com a Folha, em resposta a outro pedido solicitado, a presidência havia informado que o prazo para prestação de contas acabaria no dia 5 do mês seguinte às viagens de Bolsonaro, podendo demorar de 10 a 15 dias para concluir a análise das prestações.
Na tarde da última quarta-feira (29), ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), a pedido de integrantes da CPI da Covid-19, participaram de uma sessão extraordinária em sigilo, para discutir os gastos da União com todas as motociatas.
Segundo o jornal O Globo, técnicos da TCU afirmaram em relatório aos ministros que não seria possível apontar irregularidades nos gastos de Bolsonaro em suas viagens porque não existe uma previsão legal para determinar o que é uma viagem de interesse público.
Inclusive, nestes eventos, Bolsonaro reforçou que não aceitará os resultados das eleições de 2022 caso perca. Levando em consideração a queda de popularidade . No dia 23 de maio, em viagem ao Rio de Janeiro, foram gastos mais de R$ 231 mil no cartão de pagamento do governo federal. No dia 12 de junho, em viagem a São Paulo, foram gastos mais R$ 476 mil. 14 dias depois, em Chapecó, Santa Catarina, Bolsonaro gastou quase R$ 450 mil.
Na motociata de Porto Alegre, no dia 10 de julho, custou mais de R$ 88 mil aos cofres do estado. No Rio de Janeiro, as despesas chegou a R$ 37.651. O governo de Santa Catarina teve que custear mais de R$ 13 mil reais para realizar a motociata. A Polícia Militar do DF não informou os custos que envolveram três motociatas na capital federal. A Polícia Civil de Goiás também se recusou a divulgar as despesas com a segurança do evento em Goiânia
*As informações são do jornal Folha de S. Paulo desta quinta-feira (30).
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