22 de novembro de 2024
Brasil

Bolsonaro lamenta agressões, mas diz não controlar apoiadores

Após relatos de agressões provocadas por seus apoiadores, o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse lamentar os episódios, mas não ter controle diante da situação.

“Será que a pergunta não tem que ser invertida não? Quem levou a facada fui eu. É um cara lá que tem uma camisa minha, comete um excesso, o que eu tenho a ver com isso? Eu lamento, peço que o pessoal não pratique isso, mas eu não tenho o controle”, afirmou ao ser questionado sobre atos de violência cometidos em seu nome.

A declaração do deputado federal ocorre dias depois de episódios de agressão de seus apoiadores terem sido registrados pelo país, como agressões a uma jornalista no Recife e a morte a facadas de um mestre capoeirista na Bahia, na madrugada de segunda-feira (8).

Romualdo Rosário da Costa, 63, foi morto a facadas após uma discussão política. Ele estava em um bar no bairro do Engenho Velho da Federação, periferia de Salvador, quando discutiu com outro homem sobre a eleição presidencial.

O capoeirista defendeu o voto em Fernando Haddad (PT) enquanto o agressor, aos gritos, defendia o apoio a Jair Bolsonaro (PSL) -ambos disputarão o segundo turno. A discussão terminou com Katendê sendo atingido por 12 golpes de faca. Ele morreu no local.

Bolsonaro reconheceu a polarização da disputa presidencial, mas disse que o clima não está muito bélico.

“Não ta tão bélico assim não. Está acirrada essa disputa, mas é só um caso isolado, a gente lamenta”, acrescentou.

Ao deixar a casa de um de seus aliados, o empresário Paulo Marinho, onde gravou programas de televisão nesta terça (8), Bolsonaro falou sobre apoio político.

“Vários [autoridades] me ligaram, mas me permitam aqui a reserva. Com presidenciáveis eu já conversei já com dois, mas não é o caso de falar aqui porque foi uma conversa reservada. Quase todos graças à minha humildade, meus propósitos de servir à Pátria”, afirmou.

Ele disse ainda que aguarda posicionamento do DEM, legenda que estava na base de Geraldo Alckmin (PSDB), sobre apoio à sua candidatura no segundo turno.

“Eu tive um informe agora, que não é informação, de que o DEM teria declarado apoio para mim. Eu estou aguardando ser oficializado”, afirmou.

O deputado federal disse ainda que independentemente dos posicionamentos das lideranças das legendas, ele já conta com o apoio de muitos parlamentares e de representantes de setores da sociedade.

Bolsonaro atacou ainda o seu adversário repetindo que Haddad é fantoche do ex-presidente Lula. (Folhapress)

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