Às 9h50 desta terça (2), Antonio Carlos Belchior, morto no último domingo (30), foi enterrado enquanto seus familiares cantavam “Mucuripe”, uma de suas primeiras composições, em parceria com Raimundo Fagner, e também nome de uma praia de Fortaleza, no Ceará.
O enterro aconteceu no cemitério Parque da Paz, em subúrbio ao sul da cidade. Cerca de 300 pessoas estiveram presentes, entre familiares, amigos e imprensa.
Edna Prometeu, a companheira de Belchior nos últimos anos, chegou e passou o tempo toda sentada em uma cadeira de rodas. Sua mão direita tremeu incessantemente.
Também estavam lá alguns irmãos do cantor e Mikael e Camila Belchior, os dois filhos que ele teve com Angela Henman, a única mulher com quem ele se casou no papel
MISSA
Um pouco mais cedo, boa parte das cerca de 300 pessoas que acompanhavam a missa para Belchior choraram quando o conjunto que tocava canções religiosas entoou clássicos do compositor.
“Hora do Almoço”, “Alucinação”, “Como Nossos Pais” e, finalmente, “A Palo Seco”, quando o caixão foi fechado, arrancaram lágrimas, coro e aplausos dos presentes no anfiteatro ao ar livre do Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza, no Ceará, entre 7h30 e 8h30.
Chorando o tempo todo, Edna Prometeu, já não se sustentava sozinha em pé. A cerimônia aconteceu após o velório, que atraiu 8.010 pessoas e durou a noite toda na capital cearense, desde as 15h de segunda.
No palco, além do padre e do corpo do artista, cerca de 30 familiares e amigos acompanharam sentados a leitura de textos bíblicos. “Eu sou o alfa e o ômega, o princípio e o fim”, disse certo trecho.
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