23 de novembro de 2024
Atualidades • atualizado em 13/02/2020 às 01:10

Belchior é enterrado ao som de uma das suas primeiras composições

Foto: Jarbas Oliveira
Foto: Jarbas Oliveira

Às 9h50 desta terça (2), Antonio Carlos Belchior, morto no último domingo (30), foi enterrado enquanto seus familiares cantavam “Mucuripe”, uma de suas primeiras composições, em parceria com Raimundo Fagner, e também nome de uma praia de Fortaleza, no Ceará.

O enterro aconteceu no cemitério Parque da Paz, em subúrbio ao sul da cidade. Cerca de 300 pessoas estiveram presentes, entre familiares, amigos e imprensa.

Edna Prometeu, a companheira de Belchior nos últimos anos, chegou e passou o tempo toda sentada em uma cadeira de rodas. Sua mão direita tremeu incessantemente.

Também estavam lá alguns irmãos do cantor e Mikael e Camila Belchior, os dois filhos que ele teve com Angela Henman, a única mulher com quem ele se casou no papel

MISSA

Um pouco mais cedo, boa parte das cerca de 300 pessoas que acompanhavam a missa para Belchior choraram quando o conjunto que tocava canções religiosas entoou clássicos do compositor.

“Hora do Almoço”, “Alucinação”, “Como Nossos Pais” e, finalmente, “A Palo Seco”, quando o caixão foi fechado, arrancaram lágrimas, coro e aplausos dos presentes no anfiteatro ao ar livre do Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza, no Ceará, entre 7h30 e 8h30.

Chorando o tempo todo, Edna Prometeu, já não se sustentava sozinha em pé. A cerimônia aconteceu após o velório, que atraiu 8.010 pessoas e durou a noite toda na capital cearense, desde as 15h de segunda.

No palco, além do padre e do corpo do artista, cerca de 30 familiares e amigos acompanharam sentados a leitura de textos bíblicos. “Eu sou o alfa e o ômega, o princípio e o fim”, disse certo trecho.

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