22 de novembro de 2024
Destaque 2

“Autoritário, antirregimental e ilegal”: Partidos vão ao STF tentar anular primeira decisão de Lira na presidência da Câmara

Lira anulou as eleições da mesa diretora da Câmara (Foto: Cleia Viana/ Câmara dos Deputados)
Lira anulou as eleições da mesa diretora da Câmara (Foto: Cleia Viana/ Câmara dos Deputados)

As legendas que acompanharam e apoiaram a eleição de Baleia Rossi vão ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar anular o primeiro ato de Arthur Lira (PP-AL) como presidente da Casa. Segundo o grupo, o pepista agiu de forma autoritária e anti-regimental ao anular a eleição da mesa diretora que consequentemente tirou partidos como PT, PSDB e Rede da direção da Câmara. “Ao assim agir, afrontando as regras básicas de uma eleição o referido deputado coloca em sério risco a governabilidade da Casa”, pontuaram.

LEIA MAIS: ‘Decisão de Lira foi absurda e autoritária’, dispara Elias Vaz

Em nota conjunta, os líderes do PT, MDB, PSB, PSDB, PDT, PCdoB, CIDADANIA, PV e REDE destacaram que o ato foi “autoritário, antirregimental e ilegal”. Ela também afirma que o ato intransigente colocar em risco a imparcialidade que Lira pregou conduzir. “Foi a desmoralização mais rápida de um discurso que já se viu. A única voz que o mesmo aceita que se ouça na Mesa Diretora da Câmara é a voz daqueles que com ele concordam. Os que ousam defender uma Câmara altiva ele quer calar, já em seu primeiro movimento, tentando esmagar a representatividade de nossos partidos e de nosso bloco”, pontuou.

Veja a nota na íntegra:

Os partidos que se uniram em torno da defesa de uma Câmara livre e independente repudiam, com a mais intensa veemência, o ato autoritário, antirregimental e ilegal praticado pelo deputado Arthur Lira. A eleição é una: não se pode aceitar só a parte que interessa. Ao assim agir, afrontando as regras mais básicas de uma eleição – não mudar suas regras após a sua realização -, o referido deputado coloca em sério risco a governabilidade da Casa.

A insistir nesse caminho, perderá qualquer condição de presidi-la, já que seu primeiro ato desacredita o que acabara de dizer: que decidiria com imparcialidade. Foi a desmoralização mais rápida de um discurso que já se viu. A única voz que o mesmo aceita que se ouça na Mesa Diretora da Câmara é a voz daqueles que com ele concordam. Os que ousam defender uma Câmara altiva ele quer calar, já em seu primeiro movimento, tentando esmagar a representatividade de nossos partidos e de nosso bloco.

Não aceitaremos. Vamos ao Supremo Tribunal Federal em defesa da democracia e do Parlamento brasileiro.

Brasília, 2 de fevereiro de 2021

Líderes e parlamentares do PT, MDB, PSB, PSDB, PDT, PCdoB, CIDADANIA, PV e REDE”


Leia mais sobre: Brasil / Destaque 2