O senso comum de que hospital público é sinônimo de ineficiência e inoperância não vale em Goiás. Prova maior é que, além de pesquisas que atestam a aprovação pela população goiana do modelo de gestão da Saúde estadual por Organizações Sociais (OSs), até autoridades têm recorrido à rede pública quando necessitam de cuidados médicos de urgência.
Este ano já foram três casos: o pai do governador, senhor Marconi Ferreira Perillo, foi atendido no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol), depois de ter sido sofrido um mal súbito, quando participava de uma solenidade oficial em Trindade. O vice-governador, José Eliton, vítima de um atentado a tiros em Itumbiara, também recuperou-se no Hugol, para onde foi transferido horas depois do incidente.
O último caso ocorreu na noite de ontem. O ex-governador de Goiás Alcides Rodrigues deu entrada no Hospital de Urgências de Santa Helena (Hurso), após sofrer um acidente automobilístico na GO-210, em Rio Verde, no Sudoeste goiano. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a caminhonete que ele estava saiu da pista e capotou. O ex-governador fraturou a clavícula, mas não corre risco de morrer. O motorista do ex-governador ficou preso às ferragens. Ambos foram atendidos no Hurso e permanecem em observação numa das enfermarias do hospital.
Para o secretário estadual de Saúde, Leonardo Vilela, os três episódios atestam que o sistema de Saúde em Goiás goza de credibilidade, devido ao nível de excelência que o Estado atingiu na área com a implantação do sistema OS. Segundo ele, o mais importante é que as autoridades foram atendidas tais como os demais cidadãos, sem qualquer tipo de prioridade ou privilégio. “Isso nos enche de orgulho, porque é mais um exemplo de que a Saúde estadual funciona e funciona bem”, afirma o secretário, ao ressaltar que nos três casos específicos foram as próprias famílias que optaram pela rede pública, em função do nível de “excelência comprovada” de todo o sistema.