Durante o Novembro Azul, mês dedicado à conscientização sobre o câncer de próstata e à saúde do homem, a conversa vai além da prevenção. Falar de autocuidado e autoestima também é parte importante do processo de recuperação e de bem-estar, especialmente para quem enfrenta o tratamento contra o câncer.
Entre os efeitos colaterais mais visíveis da quimioterapia e da radioterapia está a queda de cabelo e de pelos faciais, o que pode impactar diretamente a autoconfiança. Diante disso, muitos homens têm buscado implantes capilares e de barba como forma de resgatar a própria imagem e retomar o sentimento de normalidade.
O cirurgião plástico Dr. Cleber Stuque, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), explica que o procedimento pode trazer benefícios emocionais significativos, mas requer cautela. “Pacientes em quimioterapia ou radioterapia têm imunidade comprometida e cicatrização mais lenta. Isso aumenta o risco de complicações, por isso cada caso precisa ser avaliado individualmente, sempre em conjunto com a equipe médica oncológica”, orienta o especialista.
Segundo o Dr. Cleber, antes de decidir pelo implante é essencial observar:
- O estágio do tratamento oncológico: durante quimio ou radioterapia, os cuidados devem ser redobrados;
- As condições de saúde: anemia, infecções ou baixa imunidade podem adiar o procedimento;
- O tempo de recuperação: o corpo precisa estar pronto para cicatrizar bem;
- A escolha da clínica: locais especializados em pacientes oncológicos garantem mais segurança e resultados satisfatórios.
Além da estética, o impacto psicológico é expressivo. “Recuperar cabelo ou barba pode ajudar o paciente a se reencontrar, a olhar no espelho e reconhecer novamente quem ele é. Isso faz parte do processo de cura e de retomada da confiança”, afirma o cirurgião.
Mesmo após o implante, o acompanhamento médico continua fundamental. Cuidados com a higiene, atenção à pele e observação de qualquer sinal de inflamação são indispensáveis. “Não existe contraindicação absoluta, mas o planejamento é a chave. O paciente precisa estar informado sobre riscos, expectativas e cuidados. Assim garantimos segurança, saúde e um resultado natural”, finaliza o Dr. Cleber.
Leia mais sobre: Câncer / implantes capilares / Novembro azul / Oncologia / Cidades / Geral / Saúde & Bem-estar

