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Audiência pública irá ouvir mulheres vítimas de violência obstétrica durante o parto

Por 12 meses atrás

Marcada para essa quarta-feira (4), às 15 horas, a Câmara dos Deputados, em Brasília, recebe audiência pública sobre violência obstétrica. A iniciativa foi da Deputada Federal Silvye Alves (UNIÃO-GO), vice-presidente da Comissão de Violência Obstetrícia e Morte Materna.

A audiência será realizada para ouvir mulheres vítimas de violência obstétrica durante o parto. Dados do Relatório das Nações Unidas mostram que uma em cada quatro mulheres já sofreram violência obstétrica no Brasil. Em Goiás o cenário também preocupa. Segundo a Fundação Perseu Abramo a cada quatro mães, pelo menos uma passa pela violência.

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Em 2021, em Goiás podem ter sido 37 mil mulheres de um total de mais de 148 mil partos. Porém as denúncias ainda são contidas. Silvye Alves ressalta que é preciso ouvir vítimas desse tipo de violência para definir parâmetros que impossibilitem a continuidade desses casos absurdos.

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Casos reais

Na ocasião a audiência irá ouvir relatos delicados sobre o assunto, que incluem até mesmo Óbito neonatal e perda materna.

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Caso Maryanna

Óbito neonatal por medicação excessiva e ausência de monitoramento. Houve falsificação de prontuário em uma maternidade renomada de Goiânia. A vítima foi dopada sem o consentimento.

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Caso Ellen:

Caso gravíssimo de óbito fetal, ausência de pré natal, racismo obstétrico, near miss materno (quase óbito), omissão em prontuário, violação do luto gestacional, silenciamento da dor (dopada sem o consentimento). Foi prescrito abandonar a parturiente pra domar a “preta raivosa” e nisso ela sangrou até quase morrer. Teve que receber 5 bolsas de sangue. Atualmente está grávida e tem passado por situações parecidas.

Caso Lea:
Mãe e a filha adolescente estavam grávidas. A jovem grávida e o bebê morreram. Perda neonatal e materna (filha adolescente). Violência obstétrica de Peregrinação e ausência de leito de uti.

Denúncia

A violência obstétrica, não é apenas quando ocorre o óbito por negligência. Ela se caracteriza pelo desrespeito, abusos e maus-tratos durante a gestação e/ou no momento do parto, seja de forma psicológica ou física.

Em caso de violência, o Ministério da saúde indica exigir a cópia do seu prontuário junto à instituição de saúde que foi atendida. Este documento pertence à paciente, podendo ser cobrado apenas o custo das cópias, após realize denúncia.

Em caso de violência obstétrica denuncie:

SUS – Secretaria de Saúde.
ANS – Agência Nacional de Saúde
Ligue 180

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Elysia Cardoso

Jornalista formada pela Uni Araguaia em 2019