ENRICO BRUNO
BELO HORIZONTE, MG (UOL/FOLHAPRESS) – Convivendo com salários atrasados e precisando enxugar as contas para a temporada que vem, o Atlético-MG terá uma diminuição significativa em sua folha salarial. A transferência de Fred para o rival Cruzeiro e a iminente saída de Robinho do clube representará o fim de um gasto de pelo menos R$ 28 milhões, sendo quase R$ 2 milhões por mês se a dupla permanecesse para 2018.
Cerca de R$ 700 mil da folha salarial do Atlético-MG eram destinados ao atacante Fred. Entretanto, conforme cláusula contratual, os vencimentos do atacante seriam de aproximadamente R$ 1 milhão a partir de 2018. Como seu contrato era válido até dezembro do ano que vem, o clube se “livrou” de pelo menos R$ 12 milhões para a próxima temporada somente em salários.
Já Robinho tem contrato até o final do ano com o Galo, mas não terá seu vínculo renovado. Dono do maior salário do clube, com vencimentos que superam os R$ 700 mil, o jogador recebeu o contato da diretoria para ficar por mais dois anos, mas não aceitou a redução salarial estipulada pelo Atlético. Se optasse por ficar em Minas Gerais por mais duas temporadas recebendo a mesma quantia, somente Robinho seria responsável por R$ 16,8 milhões nos anos de 2018 e 2019.
Somadas as remunerações mensais de Robinho e Fred, o Atlético deixará de gastar R$ 28,8 milhões nas próximas duas temporadas. Vale lembrar ainda que no caso de Fred o clube mineiro conseguiu o perdão de uma dívida avaliada em R$ 3,5 milhões com o atleta, decorrente de salários, luvas e premiações vencidas e não pagas.
Sem gastos exorbitantes com as saídas dos dois medalhões, o Atlético-MG continua sua política de contenção de gastos. Até aqui, o comportamento da diretoria também reflete nas contratações. Dos quatro reforços anunciados, Arouca, Erik e Ricardo Oliveira chegaram ao clube sem custos (Samuel Xavier completa a lista).
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