Por Kim Belluco, especial para a AE
Ao som de ‘Vou festejar’, música que ficou famosa na voz de Beth Carvalho, cantada por mais de 60 mil torcedores presentes no Mineirão, o Atlético Mineiro colocou uma mão no título brasileiro ao derrotar o Juventude por 2 a 0 na noite deste sábado, pela 34ª rodada, com dois gols do atacante Hulk. E, pela primeira vez, o estádio caiu no coro de: “É campeão”.
Os torcedores incorporaram o lado supersticioso do técnico Cuca, evitaram até o fim, mas não conseguiram segurar o grito de ‘é campeão’ para festejar mais uma vitória do Atlético, que segue na liderança isolada do Campeonato Brasileiro, agora com 74 pontos e tirando o Palmeiras da briga pelo título. O time paulista chegou aos 58, na terceira colocação.
A derrota, por sua vez, deixou o Juventude novamente em situação delicada na luta contra o rebaixamento. O time gaúcho tem 39 pontos e seca os rivais para não retornar ao descenso.
A campanha do Atlético segue sendo impressionante. O time mineiro chegou a 14 vitórias seguidas como mandante, nunca antes uma equipe conquistou tal marca, nem o Flamengo, de Jorge Jesus. Foram 46 pontos conquistados como mandante.
O Mineirão balançou com mais uma vitória do Atlético Mineiro no Campeonato Brasileiro. No entanto, não foi fácil passar pelo Juventude, que fez um jogo duro contra o líder da competição. No primeiro tempo, os jogadores do clube gaúcho correram muito e anularam o poderio de fogo do time alvinegro, que não conseguia ser efetivo.
O Atlético apostou na velocidade de Keno e no faro de gols da dupla Hulk e Diego Costa para superar o adversário. E quando Réver sentiu, Cuca colocou o time ainda mais para frente ao recuar Allan e colocar Nacho Fernandéz, recuperado de lesão, em campo. Porém, o que se viu foi um Juventude muito forte defensivamente.
E o time gaúcho conquistou o objetivo nos primeiros 45 minutos como disse o próprio lateral William Matheus no intervalo. O Juventude jogou no contra-ataque para encaixar uma única bola a fim de surpreender o líder, mas o zero a zero acabou agradando, apesar da atuação atrapalhada de Luiz Flávio de Oliveira, que deixou de marcar um pênalti, muito questionado, para o Atlético-MG.
O panorama do segundo tempo não mudou, era ataque contra a defesa. Em mais uma decisão conturbada do árbitro paulista, o pênalti foi marcado em cima de Diego Costa. Hulk foi para a cobrança e enfim conseguiu inaugurar o marcador, aos 26 minutos. A ‘porteira’ acabou sendo aberta. Aos 31, Keno disparou em velocidade, passou por dois jogadores e deixou com Hulk. O atacante jogou no ângulo para fazer 2 a 0.
Em vantagem, Cuca resolveu recompor o sistema defensivo e abriu a mão de Diego Costa. Igor Rabello entrou em campo e começou a jogar ao lado de Nathan Silva, este com mais uma atuação segura. Ele, inclusive, teve a oportunidade de marcar neste sábado, mas a bola ficou na trave.
Os minutos finais foram de festa. Os torcedores, em ritmo alucinante, tomaram conta do Mineirão e incentivaram o Atlético, que seguiu em cima. O terceiro não saiu, mas a vitória foi fundamental para encaminhar o título brasileiro, 50 anos depois da última conquista.
Na próxima rodada, o Atlético Mineiro visita o Palmeiras na terça-feira, às 21h30, no Allianz Parque, em São Paulo (SP). Também terça-feira, mas às 19h, o Juventude recebe o Red Bull Bragantino, no Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul (RS).
?FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO – MG 2 X 0 JUVENTUDE
ATLÉTICO – MG – Everson; Mariano, Nathan Silva, Réver (Nacho Fernández) e Guilherme Arana; Jair, Allan e Zaracho (Tchê Tchê); Hulk, Diego Costa (Igor Rabello) e Keno (Savarino). Técnico: Cuca.
JUVENTUDE – Douglas Friedrich; Michel, Quintero (Didi), Rafael Forster (Rafael Bilu) e William Matheus; Jadson (Wescley), Ricardinho e Dawhan; Capixaba (Paulo Henrique), Ricardo Bueno e Sorrito. Técnico: Jair Ventura.
GOLS – Hulk, aos 26, e aos 31 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO – Luiz Flávio de Oliveira (SP).
CARTÕES AMARELOS – Mariano, Dawhan e Jadson.
RENDA – R$4.649.287,50.
PÚBLICO – 61.476 torcedores.
LOCAL – Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte (MG).
(Conteúdo Estadão)
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