Em uma jornada para ser esquecida, o Athletico foi derrotado por 5 a 0 pelo The Strongest nesta terça-feira, em La Paz, pela Libertadores, e viu a sua situação se complicar na competição. A equipe paranaense, que iniciou a rodada na vice-liderança da chave, estacionou nos quatro pontos e agora ocupa a lanterna do Grupo B.
O time boliviano entrou de vez na briga por uma das vagas à fase eliminatória e, com a goleada, soma agora cinco pontos, juntamente com o Caracas que derrotou o Libertad, na Venezuela.
Restando duas rodadas para o fim da fase de grupos, o time brasileiro encerra sua participação nesta etapa com dois jogos em casa e vai precisar apresentar um aproveitamento de 100% para obter a classificação sem sustos. No próximo dia 18, a equipe paranaense recebe o Libertad na Arena da Baixada e depois enfrenta o Caracas, no dia 26, também em Curitiba.
O The Strongest volta a campo no próximo dia 15 pela penúltima rodada e enfrenta o Caracas fora de casa. O último confronto dos bolivianos acontece no dia 26, quando viaja até o Paraguai para encarar o Libertad.
Apesar de estar jogando na altitude La Paz, o Athletico comandou as ações ofensivas no início do confronto e com cinco minutos carimbou o travessão do The Strongest em cabeçada de Lucas Hálter.
A postura de apertar a saída de bola surpreendeu os bolivianos que não acertavam a marcação e, quando partiam para o ataque, deixavam muitos espaços para os contragolpes.
O uruguaio Canobbio foi peça importante no esquema traçado por Fábio Carille. Além de ajudar no bloqueio quando Athletico não tinha a bola, ele conseguiu acionar Vitinho pelo lado esquerdo que levou sempre vantagem sobre seu oponente e deu trabalho ao goleiro Viscarra .
O time brasileiro, porém, diminuiu a intensidade a partir da metade do primeiro tempo e deu espaços para The Strongest se aventurar na frente. Destaque do time, Esparza passou a forças as jogadas pelo lado esquerdo. Foi dele o cruzamento que encontrou o travessão de Beto após cabeçada de Jusino.
A pressão aumentou, os donos da casa começaram a arriscar os tiros de meia distância e o gol passou a ser questão de tempo. E novamente numa penetração pela esquerda, com cruzamento de Saucedo, Triviero cabeceou firme para abrir o placar: 1 a 0 aos 31min.
Com a vantagem, o The Strongest optou por controlar a partida tocando a bola no meio-campo. O Athletico ainda teve uma chance desperdiçada nos acréscimos, novamente com Vitinho, mas acabou indo para o vestiário sem incomodar de fato os donos da casa.
O começo da etapa complementar foi similar ao início do jogo. Athletico pressionando e The Strongest recuado. No entanto, a equipe paranaense voltou a ter desatenção no jogo aéreo e pagou caro pelo descuido. Saucedo fez o levantamento da direita, Triverio sem marcação cabeceou livre e fez 2 a 0 aos 5min.
Carille mexeu no time em busca de uma reação, mas a tentativa foi em vão. A apatia dos homens de frente freou esperada reação brasileira. Para piorar, a defesa seguiu errando e, novamente em jogada aérea, o The Strongest chegou aos 3 a 0 em cabeçada de Prost aos 24min.
Totalmente perdido, o Athletico levou ainda mais dois gols de cabeça no final. Aos 45min, Cascini cabeceou no canto e três minutos depois, foi a vez de Erick, na tentativa de fazer o corte, mandar para as próprias redes também em cabeçada.
FICHA TÉCNICA
THE STRONGEST 5 X 0 ATHLETICO
THE STRONGEST – Viscarra; Wayar (Saúl Torres), Castillo, Jusino e Aponte; Esparza (Camacho), Cascini, Ursino e Saucedo; Prost (Calleros) e Triverio (Reinoso). Técnico: Christian Díaz.
ATHLETICO – Bento; Matheus Felipe, Lucas Halter (Matheus Fernandes) e Nicolás Hernández; Erick, Hugo Moura (Cuello), Bryan García (Terans) e Abner Vinícius; Marcelo Cirino (Vitor Bueno), Canobbio e Vitinho (Pedro Rocha). Técnico: Fábio Carille
GOLS – Triverio, aos 31 minutos do primeiro tempo e aos cinco do segundo tempo; Prost aos 24, Cascini, aos 45 e Erick (contra) aos 48 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Triverio, Terans e Matheus Fernandes.
ÁRBITRO – Augusto Menedez (PER).
PÚBLICO E RENDA – Não divulgados
LOCAL – Hernando Siles, em La Paz (BOL)
(Conteúdo Estadão)