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Goiânia
| Em 5 anos atrás

Associação de hospitais aprova investigação sobre disponibilidade de leitos

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A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) aprova iniciativa da Câmara Municipal de Goiânia ao fazer abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar a disponibilidade de leitos em hospitais particulares na capital durante a pandemia de Covid-19.

A entidade sugere que a investigação seja ampliada a todas as instituições privadas para que cada uma possa apresentar sua rede de leitos, sua estrutura e taxa de ocupação e que o trabalho envolva também todos os setores da sociedade e dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciários que possam contribuir com esse enfrentamento da pandemia.

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Requerimento

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A Ahpaceg informou que atenderá solicitação feita pela Câmara sobre a oferta e ocupação de leitos nos hospitais associados e irá repassar informações à presidência da Casa.

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Segundo a entidade, os dados incluem não apenas as instituições de Goiânia, conforme solicitado, mas também do interior do Estado e abrangem os leitos comuns e de Unidade de Terapia Intensiva exclusivos para casos suspeitos e confirmados de Covid-19 e os leitos para outros atendimentos.

De acordo com a Ahpaceg, o monitoramento da evolução da pandemia de Covid-19 nos hospitais associados, já vem sendo regularmente e voluntariamente divulgada pela Ahpaceg, de segunda-feira a sábado, há quase três meses.

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 O material é publicado no site e redes sociais da Associação, enviado a diversos veículos de imprensa e encaminhado a instituições, como o Ministério Público Estadual, reforçando os dados também informados diariamente aos órgãos de saúde competentes.

Legislativo

O presidente da Câmara de Goiânia, vereador Romário Policarpo (Patriota) apresentou requerimento para criação da Comissão Especial de Investigação (CEI) dos Leitos dos Hospitais Particulares. O argumento para instaurar a CEI é a falta de transparência em relação aos número de leitos nos hospitais particulares.

“Algo aqui em Goiânia me chamou a atenção. Goiânia faz história de forma negativa e me deixa preocupado, é a primeira cidade em que o sistema particular entra em colapso primeiro do que a rede pública”, indagou o parlamentar.

Romário Policarpo disse que uma UTI era alugada ao poder público por R$ 1,8 mil e agora por R$ 6 mil. Foi destacado que não há a liberação para realização de cirurgias eletivas. “Essa Casa tem o dever de entender o que está acontecendo no comércio dessas vagas de UTI”, argumentou Policarpo.

Para instaurar uma CEI é preciso a quantidade de 12 assinaturas. Para a aprovação, basta que o número suficiente de vereadores assinem para que, assim, o presidente da casa aprove o requerimento.

Após o recolhimento de assinaturas, os líderes de partidos e bancadas poderão indicar os membros para compor a Comissão Especial de Inquérito. O critério é a proporcionalidade.

O líder do prefeito na Câmara, Wellington Peixoto (DEM), disse que de pronto concordou com a instauração da CEI. Ele relatou que não conversou com o prefeito Iris Rezende sobre o assunto e que é uma decisão da Câmara investigar possíveis irregularidades.

“Realmente há um colapso por causa da Covid? Acho que tem vagas e o que estão querendo é reduzir a quantidade de vagas para aumentar o valor. Não estou afirmando, pretendemos investigar denúncias que chegaram a Câmara que tem o dever de apurar”, destacou Peixoto.

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