A poucos dias do início do julgamento sobre a morte do radialista Valério Luiz, marcado para começar na segunda-feira (07/11), a partir das 8h30, o empresário Maurício Sampaio, acusado de ser o mandante do crime, que aconteceu em 2012, fez ajustes na equipe que atua em sua defesa.
O advogado Ricardo Naves será o responsável por conduzir o Tribunal do Júri em nome de Sampaio. Silva Neto e Thales Jayme continuam no caso, mas em questões processuais e burocráticas.
Além de Sampaio, há outros quatro réus: Marcos Vinícius Pereira, Urbano de Carvalho Malta, Djalma Gomes da Silva e Ademá Figueiredo Aguiar Silva. Naves também é o advogado dos três últimos.
Em coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (04/11), Naves falou sobre situações que já são conhecidas e não fazem parte do processo, como o envolvimento de um irmão de Valério Luiz com tráfico de drogas, e criticou a condução do julgamento.
“Só não faz parte porque não investigou”, disse. Segundo ele, o processo segue apenas em uma direção, sem intenção de ouvir outras versões. “A polícia judiciária, que não foi nada científica, quis apenar preencher lacunas e dar vida às fantasias da carta denúncia.”
O julgamento tem previsão de durar três dias e, portanto, tende a ser concluído na quarta-feira (09/11). Ao todo, 24 testemunhas serão ouvidas. Há 25 jurados, dos quais sete serão sorteados. O juiz Lourival Machado presidirá a sessão, no Plenário do Tribunal de Justiça do Estado de de Goiás (TJGO).
O julgamento já foi adiado quatro vezes. A última, em junho, ocorreu após um dos jurados ter passado mal. Durante a madrugada, ele acabou saindo do hotel em que estava para receber atendimento médico.
Inicialmente remarcado para o dia 5 de dezembro, o julgamento foi antecipado para 7 de novembro por causa da Copa do Mundo do Catar, já que algumas testemunhas são do jornalismo esportivo e estarão na cobertura do evento.
No ocisão, Valério Luiz Filho se mostrou indignado com mais um adiamento. “Para mim, emocionalmente, é muito difícil ficar vindo aqui uma, duas, três, quatro vezes. É uma coisa horrorosa. A gente chegar aqui e ficar sabendo que simplesmente um jurado desapareceu e foi encontrado depois é uma coisa ruim.”
A defesa de Maurício Sampaio, por sua vez, disse que o adiamento foi um decisão do Ministério Público. “Nós deixamos nas mãos do juiz, em total confiança a ele, de ele decidir o que ocorreria. Se seria adiado ou não. Mas o Ministério Público acabou por decidir de não continuar no julgamento”, declarou Silva Neto à época.
Na coletiva de imprensa, Sampaio afirmou que está pronto para o julgamento e que espera a conclusão do mesmo no dia 9. O empresário ressaltou que é inocente e se mostrou confiante em relação a um resultado positivo para ele.
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