O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás, Paulo Sérgio de Araújo destacou neste sábado, 19, que “As polícias não têm recursos para conter a escalada de violência na região metropolitana.”.
Segundo Paulo Sérgio, as políticas de segurança do Brasil estão falidas e precisam ser revistas. Para ele as duas instituições precisam de mais investimento. “A Polícia Civil carece de maior efetivo, estrutura de trabalho e recursos para investigar e colocar os bandidos na cadeia”, destacou o presidente do Sinpol.
Ele afirma que é necessário um investimento maior em contratação de novos agentes de segurança. “Nosso efetivo na Polícia Civil é de cerca de 3.200 policiais para uma população de 6,5 milhões de habitantes, ao passo que em 1998 era de 6 mil, quando aqui viviam de 4,7 milhões de pessoas. Precisaríamos de cerca de 10 mil policiais para atender à crescente demanda gerada pela escalada da violência, além de melhor estrutura de trabalho”, avalia.
Fazendo uma defesa da Policia Militar, o presidente do Sinpol disse que a PM passa pelos mesmos problemas que a Policia Civil, “A PM padece de problemas semelhantes e não pode estar em todas as esquinas das cidades para prevenir esse tipo de crimes”, afirma Paulo Sérgio de Araújo
Os casos
Policias entre Civis e Militares foram vítimas de ações de violência na sexta-feira, 18, e no sábado 19.
Na madrugada deste sábado (19/9), um delegado civil reagiu e matou um assaltante e baleou outro no Setor Oeste, em Goiânia. O policial estava em seu carro com a esposa quando foi abordado pelos dois criminosos.
Uma policial da Corregedoria da Polícia Civil foi vítima de uma tentativa de assalto em Goiânia, mas reagiu e conseguiu evitar.
Num roubo a um espaço de eventos, no Jardim Petrópolis, também na capital, quatro assaltantes renderam várias pessoas, entre elas dois policiais militares que tiveram suas armas levadas. Em ambos os casos, os criminosos fugiram
Alerta
O presidente do Sinpol alerta que séries de crimes como os vistos nas últimas 24 horas podem continuar acontecendo se as demandas das polícias não forem supridas. “A sociedade está exposta a ondas de violência como a que estamos vendo neste momento e, como se vê, nem mesmo os policiais estão livres dessa realidade”, diz Paulo Sérgio.