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Política
| Em 7 meses atrás

“As pessoas querem mais do que um gestor”, diz Ana Paula Rezende sobre Prefeitura de Goiânia

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A advogada e empresária Ana Paula Rezende (MDB), filha do ex-governador e ex-prefeito Iris Rezende, declarou, em entrevista exclusiva ao Diário de Goiás, nesta terça-feira (21), não ter aceitado o convite para a concorrência da Prefeitura de Goiânia pelo fato de não estar preparada para tamanha responsabilidade. Segundo ela, para administrar a capital goiana, é preciso ser muito mais do que um simples “gestor”.

O convite para a disputa das eleições partiu do governador do Estado, Ronaldo Caiado (UB). Ele enxergou em mim, às vezes, uma continuidade daquilo que o meu pai foi e ele sabia da importância disso”, disse. “Eu neguei, porque não estava preparada. E não estou ainda, porque a responsabilidade é muito grande”, frisou Ana Paula.

“Meu pai chegou onde chegou, não foi de um dia para a noite. Ele construiu, ele chegou com aquela liderança e aquela força porque ele teve uma vida inteira coerente, leal ao partido e colocando as pessoas em primeiro lugar. Então, eu não me senti preparada para tamanha responsabilidade. Ali, eu não podia errar, porque as pessoas estavam querendo o Iris. Até hoje eu falo: as pessoas querem não um gestor, apenas”, justificou a advogada.

Ana Paula afirmou acreditar que a população goianiense também deseja ter, novamente, uma gestão semelhante à de Iris Rezende, que vai além de uma simples administração. “Eu acho que está no subconsciente das pessoas, hoje, aquele político que meu pai foi. Meu pai era um excelente gestor, mas ele era muito mais além disso. Meu pai era zelo com a coisa pública, era espírito público, honestidade, a correção moral. E as pessoas querem isso. As pessoas querem um gestor honesto, que cuide delas. Elas querem se sentir protegidas”, pontuou Rezende.

Ela contou que, quando recebeu o convite para disputar a Prefeitura, Caiado teria demonstrado preocupação com a cidade, com a afirmativa de que Goiânia precisava de alguém que cuidasse dela de verdade. “Eu disse que não conseguiria assumir essa responsabilidade desse tamanho sem a presença do meu pai”, disse.

“Há uns dois meses atrás, ele me chamou novamente e me falou: ‘Ana Paula, a minha preocupação é muito grande. Goiânia precisa de alguém que cuide de verdade’. E eu lembro que ele falou o seguinte: ‘seu pai não está, mas eu estou e vou estar do seu lado’. Olha o tamanho da preocupação dele e a minha dificuldade em dizer para ele que eu não estou preparada para enfrentar esse mundo político”, relatou.

Ana Paula Rezende disse que, se não tivesse vivido ao lado de seu pai nos últimos quatro anos de sua gestão, não teria entendido o que era, de fato, a política. “Se não dá certo, quem sai perdendo é o povo. Não é uma decisão que vai mexer comigo ou com minha família. É muito maior. São milhares e milhares de pessoas. E eu não sou meu pai. Eu não sou o Iris. Eu tenho que construir o meu caminho e as pessoas têm que me conhecer primeiro”, concluiu a advogada, com a afirmativa de que não se fez um político do dia para a noite. “As pessoas querem mais”, enfatizou.

A filha de Iris Rezende disse, ainda, que o governador Ronaldo Caiado pode ser citado como um exemplo de gestor, em função do legado construído ao longo do tempo. “O governador também não chegou a ser o melhor governador desse País do dia para a noite. É a história dele. E ele demonstrou o tanto que é importante as pessoas se sentirem cuidadas. E ele teve grandes avanços não só na segurança pública, mas na educação, saúde”, disse.

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Ana Paula concedeu entrevista ao jornalista e editor-chefe do Diário de Goiás, Altair Tavares, no antigo escritório de Iris Rezende. Na ocasião, ela afirmou que irá disputar um mandato de deputada nas eleições de 2026.

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