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Categorias: Brasil
| Em 8 anos atrás

Artistas, políticos e movimentos sociais fazem ato por diretas no Rio

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Ato de artistas, políticos e movimentos sociais pedindo a renúncia de Michel Temer e eleições diretas para presidente da República começou ás 11h da manhã deste domingo (28).

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Ao longo da tarde passarão pelo palco artistas como Caetano Veloso, Teresa Cristina, Milton Nascimento, Mart’nalia, Mano Brown, Maria Gadu e Pedro Luis. Atores como Wagner Moura também farão participações. As atrações principais devem acontecer a partir das 14h30.

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O tradicional bloco de Carnaval Cordão da Bola Preta subiu ao palco por volta das 13h.

Abriram o ato a dupla Emerson Leal e Gustavo Macako. Cantaram uma paródia da música “Eu Quero É Botar Meu Bloco Na Rua”, de Sergio Sampaio.

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“Eu quero é votar/ Eu vou para a rua/ Lutar/ Poder escolher”, dizia a versão que a dupla fez da letra.

A atriz Zezé Motta fez uma participação de surpresa.

“Hoje é momento de lutarmos pelos nossos direitas. Há 30 anos cantei essas músicas. Achei que fosse cantar de novo só para festejar, mas a realidade se impõe”, disse a atriz, que cantou “Senhora Liberdade”, de Nei Lopes.

O deputado federal Alessandro Molon (Rede-RJ), um dos autores de pedidos de impeachment de Temer apresentados à Câmara, pediu união de esquerda e direita para pressionar pela renúncia do presidente e contra eleições indiretas.

“O Brasil, que já esteve muito dividido, tem que estar junto pelo direito do povo de escolher seu presidente. Não é razoável que um Congresso que elegeu como seu presidente da Câmara o Eduardo Cunha escolha no nosso lugar. Nosso desafio é unir o país. Este ato não pode ser só de partidos, centrais sindicais, tem que ser da sociedade brasileira. O que acontece aqui hoje tem que ser só um primeiro passo”, disse o deputado.

Também falou o vereador Brizola Neto (PDT-RJ). Estão previstos pronunciamentos de representantes das frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo e Esquerda Socialista e do movimento Cultura Pelas Diretas-Já.

O público do ato misturava, até por volta das 13h, militantes de centrais sindicais, estudantes e pessoas sem ligação com sindicatos ou partidos.

Guilherme Vaz, 40, e Debora Fleck, 35, levaram os dois filhos pequenos, de quatro e dois anos, ao ato.

“Quero acostumar meus filhos a se politizarem”, diz Vaz, que tem o hábito ir a protestos contra o presidente Temer.

“O momento é urgente. Esse congresso não é confiável para escolher nosso próximo presidente”, completa Fleck.

Eles contam que se sentiram à vontade para trazer as crianças porque atos em Copacabana costumam ser menos violentos do que aqueles que acontecem no centro, em geral, com presença de adeptos da tática “black bloc” e forte repressão policial.

O ato é organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúnem grupos sindicais e movimentos sociais.

Este deve ser o maior ato pela renúncia de Michel Temer e convocação de eleições diretas desde a manifestação da última quarta-feira (24), que acabou em violência, em Brasília.

Uma proposta de emenda à Constituição prevê novas eleições em caso de vacância da Presidência. Pela regra atual, a substituição de Temer seria feita por eleição indireta, já que ele ultrapassou a metade do mandato. (Folhapress)

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