14 de outubro de 2024
Polêmica

Área do Parque Estadual do João Leite pode ser liberada para lazer

Há críticas à possibilidade, uma vez que área é de preservação ambiental e reservatório abastece a capital
Reservatório do João Leite poderia receber atividades esportivas. (Foto: Leoiran)
Reservatório do João Leite poderia receber atividades esportivas. (Foto: Leoiran)

Audiência pública na manhã desta segunda-feira (18) discute a possibilidade de abrir as áreas do Parque Estadual do João Leite (Pejol) e do Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP) para atividades de lazer.

As propostas de uso público e manejo estão em debate desde que a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) abriu consulta pública para trabalhar a viabilidade de criar zonas de turismo nas duas unidades de conservação.

Segundo a Semad, os espaços “oferecem grande potencial de uso público em virtude da proximidade a capital, pela ótima estrutura viária e pela intermunicipalidade dos parques”.

O lago do João Leite, contudo, foi criado para abastecimento público de água na Grande Goiânia. Desde então, o acesso recreativo é proibido com a finalidade de garantir a qualidade da água que abastece os moradores da capital goiana.

A Semad, porém, argumenta que o ribeirão servia como ambiente de recreação antes da criação da barragem. Depois que houve a reservação, a pasta diz que essas comunidades do entorno do João Leite foram alijadas.

O que poderia mudar

Entre as propostas que estão na mesa há a liberação para visitas de observação de fauna e flora, atividades de educação ambiental, ciclismo, arvorismo, mountain bike, tirolesa e atividades esportivas na água, como stand up paddle, caiaque, remo e aquaball. A pesca esportiva também poderia ser permitida.

Por outro lado, manter-se-ia a vedação ao uso de barcos, jet skis e outros veículos aquáticos motorizados na área dos parques.

O plano, porém, só poderia avançar após um processo de concessão que é realizado pelo governo estadual junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Seria necessária a instalação de bilheteria e a garantia de fiscalização para evitar danos ao meio ambiente e ao reservatório.

Veja a audiência pública


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